O primeiro-ministro da Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou, esta quarta-feira, que uma equipa israelita estará nas negociações para o cessar-fogo no Médio Oriente, encontro que vai decorrer na quinta-feira.
Segundo a publicação The Times of Israel, o comunicado em que o governo dá conta da sua presença não detalha quem vai participar no encontro.
No entanto, à Agência France-Presse, o gabinete do primeiro-ministro confirmou que em Doha, no Catar, onde vai decorrer o encontro, vai estar o chefe da Mossad, David Barnea, e também o responsável pelos serviços secretos israelitas, Ronen Bar. Segundo o canal de notícias israelita 12, também o major-general Nitzan Alon, que supervisiona as conversações em nome do exército, estará presente.
A reunião foi anunciada pelos Estados Unidos, Catar e Egito, e tem como objetivo alcançar um cessar-fogo em Gaza. O encontro começa na quinta-feira, mas está previsto durar "vários dias", disse um mediador norte-americano.
Em cima da mesa está um acordo que permitiria a troca dos 111 reféns israelitas ainda detidos em Gaza pela libertação de prisioneiros palestinianos em Israel, apesar de as partes estarem em confronto há meses sobre uma linha vermelha: o fim definitivo dos combates e a retirada das tropas israelitas do enclave.
O responsável libanês em questão, Amos Hochstein confirmou, durante uma reunião com o primeiro-ministro do país, Najib Mikati, em Beirute, que será procurada uma solução diplomática para a guerra de Gaza "durante as reuniões de Doha que começam amanhã [quinta-feira] e que se prolongarão por vários dias".
Uma fonte egípcia também confirmou à agência Efe que a reunião será realizada na capital do Catar, embora inicialmente os países mediadores também estivessem a considerar o Cairo como cidade anfitriã.
Na semana passada, o Catar, os Estados Unidos e o Egito apelaram a Israel e ao movimento islamita palestiniano Hamas para que retomassem as negociações para uma trégua em Gaza a 15 de agosto, apelando a que se chegue a um acordo sem mais demoras.
O Hamas já garantiu que não participará na reunião e pede para aplicar o que já foi acordado, com base no roteiro de paz proposto pelo presidente norte-americano, Joe Biden, embora os porta-vozes dos EUA tenham assegurado que o Catar está a trabalhar para garantir que o grupo islamita esteja representado na reunião.
O negociador libanês Hochstein afirmou também esta quarta-feira que um pacto de cessar-fogo na Faixa de Gaza poderia também ajudar a evitar uma guerra regional, bem como pôr fim ao conflito paralelo entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel.
[Notícia atualizada às 17h07]
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