Os supostos combatentes pertenciam a milícias palestinianas de Gaza lideradas pelo movimento islamita palestiniano Hamas, na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e foram mortos na quarta-feira pelo Exército de Israel.

"Numa atividade terrestre e aérea combinada na zona de Rafah, foram identificados e eliminados aproximadamente 20 terroristas que representavam uma ameaça às tropas, que também desmantelaram uma estrutura que continha um túnel", indicou hoje o Exército de Israel, em comunicado.

Na zona de Khan Younis, também no sul da Faixa de Gaza e onde o Exército ordenou novas evacuações de civis esta semana, as tropas terrestres e a força aérea também "eliminaram vários terroristas" que operavam dentro de um suposto armazém de armas do Hamas.

"Num ataque adicional, a Força Aérea eliminou um terrorista de nível tático da Jihad Islâmica responsável por disparar projéteis contra as tropas e o território israelita", acrescentou.

Na cidade de Bani Suheila, na área de Khan Younis, pelo menos três palestinianos foram mortos durante um ataque das tropas israelitas, que também atacaram o bairro de Maan, segundo fontes palestinianas.

Na zona central do enclave, as tropas "continuam as suas atividades operacionais", eliminando uma "célula terrorista" e desmantelando um armazém de armas; enquanto a força aérea destruiu mais de 30 infraestruturas do Hamas, incluindo estruturas carregadas de explosivos, túneis e armazéns de armas.

Além disso, a agência de notícias oficial palestiniana Wafa relatou ataques em vários bairros da cidade de Gaza, incluindo um bombardeamento aéreo contra uma casa no bairro de Sabra, onde pelo menos três pessoas foram mortas, enquanto a artilharia disparava contra o complexo islâmico do bairro.

Os veículos blindados militares israelitas também entraram no bairro de Zaitun, no sul da cidade de Gaza, para ocupar o eixo Netzarim, rota que divide um enclave ao meio, norte e sul, e que Israel criou no início da guerra para controlar os movimentos da população e a entrada de tropas.

As autoridades de Israel revelaram hoje que quase todas as famílias israelitas retiradas dos arredores de Gaza após o ataque mortal do Hamas, em 07 de outubro, foram realojadas dentro do prazo estabelecido.

Minhelet Tekouma, gabinete responsável por estas famílias, indicou que, dos mais de 50 mil residentes retirados de localidades no sul de Israel, 80% regressaram a casa entre março e julho.

Desde então, "3.700 pessoas" foram realojadas depois de terem recebido estadia em hotéis até hoje somando-se os 47 mil cidadãos já reinstalados.

Criado pelo Governo de Israel em outubro, este gabinete é responsável pela reconstrução da zona próxima da Faixa de Gaza, que sofreu mais danos no dia 07 de outubro.

O ataque do Hamas em 07 de outubro resultou na morte de 1.198 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais de Israel.

Em mais de 10 meses de guerra, os mortos na Faixa de Gaza ascendem a 39.965, a maioria deles crianças e mulheres, enquanto outras 92.294 pessoas ficaram feridas; e mais de 10 mil continuam desaparecidas sob os escombros, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

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