"A prosperidade e segurança do Maláui dependem de uma cooperação internacional robusta e seria insustentável Maláui e Moçambique não terem laços muito próximos", disse Chakwera.
O chefe de Estado malauiano falava no discurso de aceitação da outorga do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Joaquim Chissano, no âmbito de uma visita que realiza à capital moçambicana.
Assinalando a extensão da linha de fronteira que os dois países partilham, o chefe de Estado sublinhou a importância de revitalização dos vínculos bilaterais, visando deixar para trás um passado de "anomalias de não aproximação" entre os governos das duas nações.
"Coloquei a intensificação da cooperação com Moçambique no centro da minha governação e encontrei o mesmo espírito no meu irmão Filipe Nyusi [Presidente de Moçambique], com quem mantenho uma forte parceria", declarou Lazarus Chakwera.
O Presidente defendeu que os países vizinhos da África Austral devem trabalhar de forma "robusta", através de uma cooperação para o desenvolvimento, a favor do progresso e prosperidade coletivos.
"Um país que se isolar, mesmo que tenha recursos resilientes, está condenado ao colapso, neste contexto de aldeia global, as ameaças e desafios são comuns e não se enfrentam sozinhos", destacou Lazarus Chakwera.
"A soberania de cada nação não se confunde com o unilateralismo e é uma fantasia pensar que se pode viver sozinho", prosseguiu.
A Universidade Joaquim Chissano justificou o título de Doutor Honoris Causa a Lazarus Chakwera com "o pensamento estratégico de governação, com potencial de gerar resultados positivos a médio e longo prazo no desenvolvimento de Maláui, Moçambique e países vizinhos".
O Maláui compra energia elétrica de Moçambique e depende dos portos moçambicanos, principalmente Nacala, para o seu comércio internacional.
Lazarus Chakwera termina hoje uma visita oficial de dois dias a Moçambique, uma ocasião que serviu para uma avaliação da cooperação entre os dois países e a assinatura de instrumentos visando o reforço dos laços entre os dois estados.
Leia Também: Moçambique e Maláui defendem aumento de fornecimento de energia