Netanyahu insta mediadores a "pressionarem" Hamas para acordo

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, instou hoje os mediadores norte-americanos, qataris e egípcios a "pressionarem" o movimento islamita palestiniano Hamas para alcançarem um acordo de cessar-fogo em Gaza, após mais de dez meses de guerra.

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© Anna Moneymaker/Getty Images

Lusa
16/08/2024 18:53 ‧ 16/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Israel espera que a pressão [dos mediadores] leve o Hamas a aceitar" o plano proposto no final de maio pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou Netanyahu em comunicado, no final de dois dias de negociações em Doha.

 

O Hamas, que não participou nas conversações no Qatar, afirma, por seu lado, querer que o plano seja aplicado, mas rejeita algumas condições que acusa Israel de ter acrescentado ao texto inicial.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 315.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 40.005 mortos (quase 2% da população) e 92.401 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também cerca de 1,9 milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Leia Também: Netanyahu confirma: 'Secretas' de Israel vão até Doha para negociar paz

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