Segundo o porta-voz da Secretaria de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Vedant Patel, Antony Blinken vai reunir-se na segunda-feira com responsáveis israelitas e, na terça-feira, seguirá para o Egito numa tentativa de fazer avançar as negociações para um cessar-fogo em Gaza, esforços que incluem a tentativa de libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos.
O secretário de Estado vai encontrar-se com responsáveis do Egito, país que recebe esta semana a continuação das negociações suspensas na sexta-feira à noite em Doha.
Os EUA, o Qatar e o Egito são os países mediadores entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, em guerra aberta na Faixa de Gaza desde 07 de outubro.
Blinken vai reunir-se na segunda-feira em Jerusalém com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, às 11h00 locais (08h00 em Lisboa), e terá também encontros com o ministro da Defesa (Yoav Gallant), o ministro dos Negócios Estrangeiros (Israel Katz), e o Presidente, Isaac Herzog.
Ainda hoje, Netanyahu deixou claro que o seu país está a "negociar, não a ceder" ao Hamas, e apelou aos mediadores para que pressionem o grupo islamita a chegar a um acordo, e não Israel.
"Estamos a negociar, não a ceder. Há coisas em que podemos ser flexíveis e há coisas em que não podemos ser flexíveis, e insistimos nelas", disse Netanyahu no início de uma reunião com o seu Governo.
Após a sua chegada no sábado de Doha, a equipa de negociação israelita reuniu-se com o primeiro-ministro e mostrou-se "cautelosamente otimista", de acordo com um comunicado oficial.
A delegação israelita referiu-se à última proposta norte-americana de aproximação do Hamas a Israel, que não participou na reunião no Qatar para exigir a aplicação direta do que já foi acordado no projeto de tréguas anunciado por Washington em maio.
Esta é a nona visita de Blinken a Israel desde os atentados do Hamas contra Israel, em 07 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 sequestros. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já custou a vida a mais de 40.000 pessoas no enclave palestiniano devastado, segundo as autoridades sanitárias de Gaza.
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