A decisão surge na sequência do anúncio surpresa feito, na semana passada, pelo atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, de que não vai candidatar-se a um novo mandato à frente do partido, numa altura em que as sondagens de popularidade do Governo atingiram o nível mais baixo de sempre.
A campanha para a presidência do PDL arranca a 12 de setembro e a votação realiza-se após duas semanas, de acordo com a decisão de um comité interno esta manhã (hora local), confirmou à agência France-Presse um responsável do partido.
Fumio Kishida, de 67 anos, está no cargo desde outubro de 2021 e viu os índices de popularidade caírem devido à inflação, que está a minar o poder de compra das famílias japonesas, e aos escândalos político-financeiros que afetam o PDL.
O líder tem um currículo mais significativo em matéria de política externa, tendo-se colocado resolutamente ao lado da Ucrânia após a invasão russa, ao mesmo tempo que se esforçou, com o incentivo dos Estados Unidos, por reforçar a política de defesa japonesa face à afirmação da China na região Ásia-Pacífico.
Na classificação da longevidade no cargo dos 35 primeiros-ministros desde a Segunda Guerra Mundial, Kishida ocupa o oitavo lugar.
De acordo com os meios de comunicação japoneses, um grande número de candidatos, desde veteranos do partido a jovens estrelas em ascensão, incluindo três mulheres, tencionam candidatar-se.
Entre eles está o antigo ministro da Defesa Shigeru Ishiba, o antigo ministro do Ambiente Shinjiro Koizumi e a ministra da Segurança Económica, Sanae Takaichi, que, se for eleita, será a primeira mulher a chefiar o Governo do Japão.
Leia Também: Fukushima. Hong Kong rejeita fim de restrições a importações do Japão