"As ações das Forças de Defesa Ucranianas perto da região de Sumi estão a criar uma zona tampão, o que, claro, permite que os territórios próximos sejam bombardeados com menos frequência do que antes", explicou uma fonte daquele organismo ucraniano.
As regiões de Sumi, Chernihiv e Kharkiv estão no centro das atenções, embora Sumi seja a mais afetada, mas o número de incursões transfronteiriças russas diminuiu de forma especialmente dramática, informaram as autoridades russas.
Hoje também, o Exército ucraniano anunciou que levou a cargo um contra-ataque que infligiu pesadas perdas às tropas russas e que permitiu um avanço das suas forças em dois quilómetros em território controlado pela Rússia na região de Lugansk.
Neste contra-ataque surpresa, uma Brigada de Assalto ucraniana assumiu a responsabilidade pela destruição de dezenas de peças de equipamento militar e pela neutralização de mais de 300 soldados russos -- mortos ou feridos -- no ataque, que ocorreu perto de Novovodiane, na fronteira entre Kharkiv e nas regiões de Lugansk.
O ataque durou quatro dias e terminou em 15 de agosto, e os detalhes foram mantidos em segredo até agora por "razões de segurança".
"A principal tarefa da operação foi interromper o potencial ofensivo do 20º Exército da Federação Russa. A partir de agora, esta tarefa foi concluída", disse o comandante da brigada, coronel Andri Biletski.
O contra-ataque também frustrou os planos russos de atacar perto de Makivka, quatro quilómetros a sul.
Segundo Biletski, a proporção de forças no campo de batalha era de 2,5 para 1 a favor da Rússia, mas "o planeamento detalhado, as decisões originais e o trabalho coordenado de artilharia, defesa aérea, drones e forças de reconhecimento" garantiram o sucesso do ataque.
Entretanto, um ataque a um 'ferry' de carga no porto de Kavkaz, na região russa de Krasnodar, feriu 13 pessoas na quinta-feira, informou hoje a agência de notícias estatal russa Tass.
Citando as autoridades de saúde, Tass disse que quatro dos feridos foram hospitalizados e uma outra pessoa continua desaparecida.
A Ucrânia reivindicou o ataque, que afirma ter destruído carregamentos de combustível e armas para as tropas russas.
As conquistas da Ucrânia remodelaram o campo de batalha e elevaram a moral dos ucranianos 10 anos depois de a Rússia ter invadido o seu país pela primeira vez, e dois anos e meio depois de Moscovo ter lançado uma invasão em grande escala que levou à morte e destruição em massa e criou a maior crise de refugiados da Europa desde então.
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