Zelensky assinala que guerra está "de volta" à Rússia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinalou hoje que a guerra está "de volta" à Rússia, acrescentando que Moscovo "vai saber o que é a retaliação".

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Lusa
24/08/2024 09:29 ‧ 24/08/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Num discurso em vídeo para assinalar o Dia da Independência da Ucrânia, Zelensky deixou uma mensagem de otimismo quanto ao desfecho da guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.

 

"A Rússia queria destruir-nos", mas a guerra "voltou para casa", sublinhou o chefe de Estado ucraniano, num vídeo que afirmou ter sido gravado na zona fronteiriça de onde Kiev lançou a sua incursão surpresa contra as tropas de Moscovo.

Kiev "surpreende mais uma vez", disse Zelenky, prometendo que a Rússia "saberá o que é a retaliação".

Quando lançou a sua invasão em 2022, "a Rússia só queria uma coisa: destruir-nos. Em vez disso, hoje estamos a celebrar o 33.º Dia da Independência da Ucrânia", continuou.

O Presidente ucraniano acrescentou: "Quem quiser semear o mal na nossa terra colherá as recompensas no seu próprio território. Não se trata de uma previsão, nem de uma gabarolice, nem de uma vingança cega. É apenas justiça".

O Presidente russo, Vladimir Putin, foi descrito como "um velho doente na Praça Vermelha que ameaça constantemente toda a gente com o botão vermelho".

Há vários dias que Moscovo ameaça com uma catástrofe nuclear em caso de ataque do exército ucraniano à central nuclear de Kursk, situada na região onde as forças de Kiev conduzem uma ofensiva há duas semanas.

A Ucrânia comemora hoje a sua independência da União Soviética, numa altura em que a guerra com Moscovo se arrasta pelo terceiro ano.

A partir de 6 de agosto, Kiev enviou milhares de soldados para a região fronteiriça russa de Kursk, conquistando dezenas de cidades e várias centenas de quilómetros quadrados.

Por seu lado, as tropas russas continuam a ganhar terreno no leste da Ucrânia e afirmam que continuam a infligir pesadas perdas aos ucranianos e a impedir as suas tentativas de penetração no território em profundidade.

Desde o início da ofensiva ucraniana na Rússia, mais de 130.000 pessoas fugiram dos combates e dos bombardeamentos, segundo as autoridades da região de Kursk. Pelo menos 31 civis foram mortos e 143 ficaram feridos, de acordo com a agência noticiosa estatal russa TASS.

 

 

Leia Também: Ucrânia. Invasão a Kursk pode 'forçar' Putin a mobilização geral

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