O porta-voz do Estado-Maior Conjunto, Jereal Dorsey, indicou num comunicado que o dirigente militar norte-americano procurará, através destas visitas, compreender "as diferentes perspetivas das atuais tensões".
Enquanto prosseguem as negociações sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza, a visita de Brown "reflete a importância de se alcançar um acordo que devolva os reféns, ponha fim à violência e permita que toda a região se concentre nos próximos passos em direção a um Médio Oriente mais seguro e estável", refere o comunicado.
Em cada um dos países que visitará, Charles Brown reunir-se-á com os homólogos e outros responsáveis e continuará a sublinhar a importância de impedir uma maior escalada da violência, proteger as forças norte-americanas na região, apoiar a legítima defesa de Israel e coordenar os esforços para fornecer ajuda humanitária aos civis palestinianos do enclave, há mais de dez meses e meio palco de uma guerra.
"Desde o início do conflito em Gaza, os objetivos dos Estados Unidos têm sido claros: proteger as nossas forças, garantir que Israel tem o que precisa para se defender e impedir um conflito mais alargado", acrescentou o porta-voz militar no comunicado.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 323.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 40.334 mortos (quase 2% da população) e 93.356 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito causou também cerca de 1,9 milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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