Irmão de Robert F. Kennedy Jr. recorda o pai e apela: "Ignorem o Bobby"

Num artigo de opinião publicado este domingo no Los Angeles Time, o nono filho do antigo procurador-geral dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy, salientou que o candidato republicano é "exatamente o tipo de bully arrogante" que o seu pai costumava enfrentar.

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Notícias ao Minuto
25/08/2024 16:05 ‧ 25/08/2024 por Notícias ao Minuto

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EUA

O advogado Max Kennedy, irmão do candidato independente Robert F. Kennedy Jr. que, na sexta-feira, anunciou sair da corrida à Casa Branca e apoiar o magnata Donald Trump, juntou-se ao coro de críticas por parte da família Kennedy, tendo apelado a que o povo norte-americano "ignore" o seu familiar e vote na candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris.

 

Num artigo de opinião publicado este domingo no Los Angeles Time, o nono filho do antigo procurador-geral dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy, salientou que o candidato republicano é "exatamente o tipo de bully arrogante" que o seu pai costumava enfrentar, antes de ser assassinado em 1968, quando era candidato à presidência pelo Partido Democrata.

"Estou destroçado com o facto de o meu irmão Bobby ter apoiado Donald Trump. Penso muitas vezes no meu pai e em como ele teria encarado a política do nosso tempo. Não sei ao certo o que ele teria pensado do TikTok ou da IA, mas de uma coisa tenho a certeza: Teria desprezado Donald Trump", escreveu.

Max Kennedy sublinhou que o legado do seu progenitor baseou-se na promoção da "segurança, na proteção e na felicidade do povo americano", razão pela qual, na sua ótica, "teria admirado tanto outra antiga procuradora, Kamala Harris".

"A carreira dela, tal como a dele, tem-se pautado pela decência, dignidade, igualdade, democracia e justiça para todos", considerou.

Trump, por seu lado, "é o inimigo de tudo isso", já que "a única coisa que parece defender é a si próprio e, perturbadoramente, autocratas como Vladimir Putin", que Robert F. Kennedy teria encarado como "uma ameaça existencial" para os Estados Unidos.

"É ainda mais trágico devido ao nome do nosso irmão. Ter o nome de Robert F. Kennedy Jr. é um legado especial dentro de um legado. Implica fortemente o desejo de continuar o trabalho do nosso pai. Mas a aliança de Bobby com Trump põe isso em risco", lamentou.

O advogado assumiu que nem nos seus "sonhos mais bizarros" se sentiria motivado a "escrever algo desta natureza", mas que odeia tudo o que o irmão está a fazer ao país.

"Adoro o Bobby. Mas odeio o que ele está a fazer ao nosso país. É pior do que uma desilusão. Estamos de luto. [...] Com o coração pesado, peço hoje aos meus concidadãos americanos que façam o que mais honrará o nosso pai: Ignorem o Bobby e apoiem a vice-presidente Kamala Harris e a plataforma democrata. É o melhor para o nosso país", apelou.

Saliente-se que vários outros membros da família Kennedy já se tinham manifestado contra a posição do sobrinho do antigo presidente John F. Kennedy, por ter traído "os valores" do seu pai. Tinham, também, denunciado as teorias da conspiração que o ente querido defende, nomeadamente no que diz respeito às vacinas, à Covid-19, aos ataques terroristas de 11 de Setembro, entre outras.

Inclusivamente, Jack Schlossberg, neto do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, discursou na Convenção Nacional Democrata, na passada terça-feira.

Leia Também: Robert F. Kennedy Jr. diz ser "empecilho", desiste e... apoia Trump

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