Vinte e três pessoas foram mortas a tiro após serem identificadas e retiradas de autocarros, veículos e camiões em Musakhail, um distrito da província do Baluchistão, disse o oficial da polícia Ayub Achakzai. Os agressores queimaram pelo menos 10 veículos antes de fugirem do local.
Num ataque separado, homens armados mataram pelo menos nove pessoas, incluindo quatro polícias e outras cinco pessoas, no distrito de Qalat, também no Baluchistão, disseram as autoridades.
Os rebeldes fizeram explodir uma linha férrea em Bolan, atacaram uma esquadra de polícia em Mastung e atacaram e queimaram veículos em Gwadar, todos distritos localizados no Baluchistão. Nenhuma vítima foi relatada nesses ataques.
O Baluchistão tem sido assolado há muito tempo por grupos rebeldes, com uma série de movimentos separatistas a realizarem ataques, principalmente contra as forças de segurança.
Os separatistas têm vindo a exigir a independência do governo central em Islamabad. Embora as autoridades paquistanesas digam que eliminaram a insurgência, a violência naquela região ainda persiste.
O ataque em Musakhail ocorreu horas depois de o grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA, sigla em inglês) ter alertado as pessoas para se manterem afastadas das autoestradas, enquanto lançavam ataques contra as forças de segurança em várias partes da província.
Mas não houve uma reivindicação imediata de responsabilidade pelos mais recentes ataques.
Os separatistas pedem muitas vezes os bilhetes de identidade às pessoas e depois raptam ou matam aqueles que são de fora da província. Muitas das vítimas recentes eram da província vizinha de Punjab.
Uzma Bukhari, porta-voz do governo provincial do Punjab, declarou que "os ataques são motivo de grande preocupação" e instou o governo provincial do Baluchistão a "intensificar os esforços para eliminar os terroristas do BLA ".
As autoridades do Baluchistão disseram que forneceriam detalhes sobre as suas operações no final do dia de hoje. Os meios de comunicação locais disseram que pelo menos 12 rebeldes foram mortos pelas forças de segurança em várias partes da província nas últimas 24 horas.
O Presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, e o ministro do Interior, Mohsin Naqvi, em declarações separadas, consideraram o ataque em Musakhail "bárbaro" e prometeram que os responsáveis não vão escapar à justiça.
Posteriormente, Naqvi condenou também os assassinatos em Qalat.
A maioria dos assassinatos anteriores foi atribuída ao BLA e a outros grupos que exigem a independência do Governo central em Islamabade. Os militantes islâmicos também estão presentes na província.
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