Numa declaração num evento de campanha na Virgínia, o magnata republicano criticou a "hostilidade" do canal para com os conservadores e criticou o facto de estar a ser contemplada uma mudança nas regras.
"Eu preferiria muito mais fazer isso na NBC. Eu preferiria muito mais fazer isso na CBS. Francamente, acho que a CBS é muito injusta. (...) Certamente faria isso na Fox, eu faria até na CNN. Achei que a CNN nos tratou de forma muito justa da última vez", disse.
O último debate ocorreu em 27 de junho com o então candidato democrata, o Presidente Joe Biden, cujo fraco desempenho nessa ocasião acabou por levá-lo a renunciar em julho à campanha de reeleição.
Naquele primeiro debate presencial rumo às eleições de 05 de novembro, as regras ditaram que o microfone do candidato que não tinha a palavra estaria silenciado.
A campanha da atual candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris, pediu ao canal uma mudança para ter direito de resposta imediata.
"Concordamos com as mesmas regras. Não me importo. Provavelmente preferiria que estivesse ligado [o microfone], mas o acordo era que seria igual à última vez. Nesse caso, estaria em silêncio", disse hoje Trump.
A campanha republicana também criticou a democrata.
"Se Kamala Harris não for inteligente o suficiente para repetir os pontos que a sua equipa quer que ela memorize, isso é problema dela. Este parece ser um padrão para a campanha de Harris. Eles não a deixarão dar entrevistas ou conferências de imprensa e agora eles querem dar-lhe notas para ludibriar", disse o porta-voz de Trump, Jason Miller.
O desacordo sobre as regras ocorre um dia depois de o ex-presidente ter dito que o senador republicano Tom Cotton foi maltratado durante uma entrevista no domingo no programa "This Week" da ABC.
O debate de 10 de setembro foi marcado antes mesmo de Biden renunciar à sua candidatura. Mais tarde, Trump propôs três debates: a 04 de setembro na Fox News, 10 de setembro na ABC e 25 de setembro na NBC News, mas os democratas apenas aceitaram o inicialmente acordado.
Harris segue na liderança nas intenções de voto em todo o país, com vantagem de 3,4 pontos percentuais. Segundo a média dos levantamentos elaborada pelo 'site' FiveThirtyEight, 47,1% dos eleitores optam pela democrata e 43,7% por Trump.
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