A família Kennedy não demorou a distanciar-se de Robert F. Kennedy Jr. (RFK), que na sexta-feira anunciou a sua desistência da corrida à Casa Branca e decisão de apoiar Trump.
O anúncio já foi feito na semana passada, mas a família, descendentes do presidente John F. Kennedy, continua a 'apontar o dedo' a Robert F. Kennedy Jr., que se lançou como independente, mas a quem um eventual governo de Trump já 'piscou' o olho', nomeadamente, com um cargo na sua administração.
Robert Kennedy Jr. é sobrinho do antigo presidente e filho de Robert F. Kennedy, ex-procurador-geral dos Estados Unidos.
No domingo, a irmã do agora ex-candidato presidencial, Kerry Kennedy, falou com a MSNBC, dizendo que estava "revoltada" pela sua saída - e consequente apoio a Trump.
"Acho que se o meu pai fosse vivo hoje, o verdadeiro Robert Kennedy teria detestado quase tudo o que Donald Trump representa", referiu. Kerry Kennedy disse ainda que faria de tudo para "se separar e dissociar-se de Robert Kennedy Jr.", seu irmão, naquilo que considerou que era um "esforço sem explicação de profanar, espezinhar e incendiar a memória" do pai.
Também Max Kennedy se mostrou contra o irmão, e, num artigo publicado no Los Angeles Times, o também filho do procurador-geral dos Estados Unidos salientou que o candidato republicano, Donald Trump, é "exatamente o tipo de bully arrogante" que o seu pai costumava enfrentar.
"Estou destroçado com o facto de o meu irmão Bobby ter apoiado Donald Trump. Penso muitas vezes no meu pai e em como ele teria encarado a política do nosso tempo. Não sei ao certo o que ele teria pensado do TikTok ou da Inteligência Artificial, mas de uma coisa tenho a certeza: Teria desprezado Donald Trump", escreveu.
Max Kennedy sublinhou que o legado do seu progenitor baseou-se na promoção da "segurança, na proteção e na felicidade do povo americano", razão pela qual, na sua ótica, "teria admirado tanto outra antiga procuradora, Kamala Harris".
"A carreira dela, tal como a dele, tem-se pautado pela decência, dignidade, igualdade, democracia e justiça para todos", considerou.
Trump, por seu lado, "é o inimigo de tudo isso", já que "a única coisa que parece defender é a si próprio e, perturbadoramente, autocratas como Vladimir Putin", que Robert F. Kennedy teria encarado como "uma ameaça existencial" para os Estados Unidos.
Num artigo de opinião publicado este domingo no Los Angeles Time, o nono filho do antigo procurador-geral dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy, salientou que o candidato republicano é "exatamente o tipo de bully arrogante" que o seu pai costumava enfrentar.
Notícias ao Minuto | 16:05 - 25/08/2024
Já na sexta-feira, pouco tempo depois de o anúncio ser feito, foi publicado um comunicado em nome da família Kennedy, que considerou que a situação era "uma traição" aos valores que tinham.
“Acreditamos em Harris e Walz. A decisão do nosso irmão Bobby de apoiar Trump hoje é uma traição aos valores que o nosso pai e a nossa família mais prezam. É um final triste para uma história triste", escreveram os familiares no rescaldo do anúncio.
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