"O Ministério do Ambiente, das Florestas e do Turismo vai contribuir com 30 hipopótamos, 60 búfalos, 50 impalas, 100 gnus azuis, 300 zebras, 83 elefantes e 100 elandes (...) para apoiar o programa de alívio da seca com o fornecimento de carne", revelou o governo namibiano num comunicado divulgado na segunda-feira e divulgado hoje pela imprensa.
Os animais serão provenientes dos parques nacionais Namib Naukluft (oeste), Mangetti (norte), Bwabwata, Mudumu e Nkasa Rupara (nordeste).
"A Conferência Nacional sobre a Gestão dos Conflitos entre Animais e Fauna Selvagem, realizada em 2023, decidiu, entre outras coisas, que é necessário reduzir o número de elefantes como medida para ajudar a reduzir os casos de conflitos entre animais e fauna selvagem", sublinhou o executivo namibiano.
O abate será efetuado por caçadores profissionais e empresas de safaris e espera-se que ajude a reduzir o impacto negativo da seca na conservação da vida selvagem.
Mais de 30 milhões de pessoas na África Austral foram afetadas por uma grave seca causada pelo El Niño, anunciaram as Nações Unidas no início de junho, apelando à ajuda para evitar a insegurança alimentar.
O impacto crescente do fenómeno meteorológico conduziu a graves défices de precipitação na África Austral, com temperaturas cinco graus acima da média.
De facto, em 2024, a região registou o mês de fevereiro mais seco dos últimos cem anos, tendo recebido apenas 20% da precipitação habitual prevista para este período.
Mesmo antes da seca, os níveis de insegurança alimentar e de necessidade humanitária eram elevados, devido aos desafios socioeconómicos, aos elevados preços dos alimentos e às consequências agravadas da crise climática.
Angola, África do Sul, Moçambique, Namíbia, Malaui, Zâmbia e Zimbabué estão a braços com os impactos da seca, tendo os quatro últimos declarado o estado de emergência.
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