As autoridades da região de Kursk anunciaram, esta quarta-feira, que serão introduzidas novas medidas de segurança na central nuclear de Kursk, já a partir de amanhã.
Alexei Smirnov, governador em exercício da região de Kursk, anunciou, através da rede social Telegram, que a entrada da cidade de Kurchatov, onde está localizada a central, será temporariamente restringida.
"Apesar do facto de a segurança da central nuclear de Kursk estar assegurada ao máximo, as forças armadas da Ucrânia não abandonam as suas tentativas de entrar na cidade", disse.
"A este respeito, e também a fim de garantir medidas de segurança adicionais, o quartel-general operacional decidiu restringir a entrada em Kurchatov num futuro próximo", acrescentou.
Ontem, recorde-se, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, tinha avisado ser "muito grave" que a central nuclear russa de Kursk esteja tão perto de uma frente de guerra.
Grossi afirmou que o reator está muito exposto a um possível ataque, tendo em conta a sua situação em plena frente de combate, após a incursão ucraniana nesta região fronteiriça, em curso há três semanas.
Pouco antes do anúncio de hoje, as tropas russas alegaram que tinham desativado um míssil não deflagrado, fornecido pelos EUA, que dizem ter sido abatido e encontrado perto das instalações nucleares de Kursk.
A AIEA informou na passada quinta-feira que foram encontrados fragmentos de um 'drone' a cerca de cem metros do armazém de combustível nuclear usado pela central, sem especificar a origem da aeronave.
Na passada semana, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kyiv de tentar atacar a central, o que foi categoricamente negado por Kyiv.
Após a visita à fábrica, Grossi informou que seguirá para Kyiv, onde espera ser recebido pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
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