Segundo o documento publicado em Boletim Oficial, a equipa vai orientar ainda medidas de comunicação de riscos e divulgação de informação sobre vigilância epidemiológica da doença.
Com esta medida, Cabo Verde quer "reforçar todos os aspetos ligados à prevenção, preparação e resposta, incluindo a definição de responsabilidades e prioridades para os níveis central e de base territorial".
A equipa foi criada pelo Governo, na alçada dos ministérios da Administração Interna, da Saúde e da Agricultura e Ambiente.
Farão parte da equipa técnica, entre outros, a Direção Nacional da Saúde (DNS) e outros técnicos do setor, polícias, Proteção Civil, responsáveis de laboratórios, serviços farmacêuticos, setor privado da saúde e da Organização Mundial da Saúde no arquipélago.
Há uma semana, após uma reunião com as estruturas de saúde para fazer atualização epidemiológica no arquipélago, a diretora nacional de Saúde, Ângela Gomes, garantiu que o país tem capacidade instalada para fazer testes de despistagem de casos suspeitos de mpox, com vários laboratórios de virologias instalados no âmbito da covid-19.
Dias antes, a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, anunciou que as autoridades cabo-verdianas vão aumentar a vigilância nos portos e nos aeroportos para detetar "rapidamente" casos suspeitos da nova variante do vírus mpox e apostar na comunicação e sensibilização.
Com uma nova variante em circulação, considerada mais perigosa do que a detetada em 2022, a OMS declarou em meados de agosto o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países.
Mais de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes foram registados desde janeiro em 13 países africanos, confirmou na quarta-feira a União Africana, enquanto o continente aguarda por vacinas.
A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre duas pessoas, sem necessidade de contacto sexual.
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