Pequim alerta para manipulação política após captura de combatentes chineses

A China pediu hoje que se evite a manipulação política e a propaganda mediática no caso dos seus dois cidadãos capturados na Ucrânia, depois de terem combatido ao lado das tropas russas, segundo Kiev.

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Lusa
15/04/2025 09:46 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Ucrânia

Os dois alegados combatentes chineses apareceram numa conferência de imprensa na capital ucraniana na segunda-feira, onde disseram que queriam ser trocados e apelaram aos seus concidadãos para não seguirem o seu exemplo.

 

"Exortamos as partes envolvidas a terem uma visão justa da posição objetiva e imparcial da China e a absterem-se de manipulações políticas e de propaganda mediática", reagiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jean.

"As autoridades chinesas estão a verificar as informações e as circunstâncias" que envolvem estes dois cidadãos, acrescentou.

A Ucrânia anunciou a captura dos dois chineses na semana passada. Pequim negou qualquer envolvimento no seu recrutamento por Moscovo.

Vestidos com fardas e algemados, os dois homens descreveram em mandarim como foram capturados durante os combates na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, depois de se terem alistado no Exército russo através de anúncios 'online'.

"Espero que a China me possa trazer de volta", disse um deles, identificado como Zhang Renbo, de 26 anos.

O outro, identificado como Wang Guangjun, de 33 anos, apelou aos seus "compatriotas que querem participar na guerra na Ucrânia" para que não o façam.

Os dois cidadãos chineses falaram ao lado de soldados ucranianos armados e com a cara encoberta, pelo que era impossível saber se estavam a intervir de livre vontade.

"A posição do Governo chinês é clara e inequívoca", afirmou Lin Jian. "Já emitimos avisos de segurança em várias ocasiões, pedindo aos cidadãos chineses que se afastem das zonas de conflito (...) e, em particular, que evitem participar nas operações militares de qualquer uma das partes", sublinhou.

A China apela regularmente a conversações de paz e ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia.

Mas nunca condenou a Rússia pela invasão e reforçou as suas relações económicas, diplomáticas e militares com Moscovo desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

Leia Também: Chineses capturados por Kyiv dizem que querem "regressar à China"

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