Daniel Sancho, condenado à prisão perpétua na Tailândia pelo assassinato premeditado de Edwin Arrieta, quer permanecer na prisão de Koh Samui, no sul da Tailândia, onde está atualmente. Mas parece que a hipótese não será possível...
Depois de ouvir a sentença, Sancho pediu ao juiz para permanecer naquela prisão tailandesa, segundo a imprensa espanhola.
O magistrado esclareceu, por sua vez, que a lei não permite essa possibilidade e que a decisão não depende dele.
Daniel Sancho manteve a "coragem" ao ouvir a pena de prisão perpétua, reduzida da pena de morte devido à colaboração com o sistema de justiça, tendo-se declarado culpado dos crimes de ocultação e desmembramento do corpo de Arrieta e descartando a acusação de homicídio premeditado.
Segundo a agência Efe, Sancho regressou à prisão de Samui após a leitura da sentença, mas não poderá permanecer por lá. Porquê? Este estabelecimento prisional só permite o alojamento de reclusos com penas de até 15 anos.
Por isso, Sancho aguarda agora a iminente "ordem de transferência" para uma prisão de segurança máxima, que alegadamente será a de Surat Thani.
Quais as prisões que podem receber Daniel Sancho?
Nesta cadeia de Surat Thani - onde estão pessoas que cometeram crimes muito graves - as condições são muito mais deploráveis do que em Koh Samui, uma vez que tem quase 5.400 detidos, mais do dobro da sua capacidade. São cerca de 20 pessoas por cela, passam mais de 12 horas sem sair, dormem no chão e o tempo no recreio não é muito comum.
A prisão de Nakhon Si Thammarat apresenta-se como outra opção provável. Há menos 1.000 reclusos do que em Surat Thani, mas isso não a torna menos perigosa. Este estabelecimento prisional é conhecido por abrigar um grande número de condenados por tráfico de droga.
Mas há ainda uma última (e pior) opção e é a prisão de Bang Kwang, mais conhecida como Bangkok Hilton ou 'O Grande Tigre'. Caso Daniel Sancho tivesse sido condenado à pena de morte, este seria certamente o seu destino final na Tailândia e é o local que tem a pior reputação do país.
É aqui que entram os piores criminosos da Tailândia: de violadores a assassinos em série. As celas têm 50 presos amontoados, fazem jejum de 17 horas seguidas e dormem em cobertores no chão. Dizem que poucos saem de lá com vida.
Leia Também: Daniel Sancho está a escrever um livro sobre crime (e Arrieta) na prisão