A participação por videoconferência do antigo embaixador da Venezuela em Buenos Aires foi anunciada aos ministros na quarta-feira, mas não foi divulgada "por razões de segurança do próprio" Edmundo González, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português, numa altura em que ainda decorre a reunião em Bruxelas.
Paulo Rangel explicou que o candidato da oposição, que reclama a vitória nas eleições presidenciais venezuelanas, apresentou a situação no país, relatando cada vez mais "prisões arbitrárias" e a "repressão, que está a aumentar".
"Há um consenso muito grande de toda a UE no sentido de dizer que não estamos em condições de reconhecer a vitória do Presidente [Nicolás] Maduro, porque continua a não haver atas originais" que confirmem a reeleição do candidato 'chavista' declarada pelas autoridades, sustentou o chefe da diplomacia portuguesa.
"Sem elas [as atas originais] não é possível validar" os resultados, acrescentou Paulo Rangel.
O ministro explicou que a posição manifestada hoje pela UE surgiu depois de o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ter validado a vitória de Nicolás Maduro no sufrágio de 28 de julho.
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