"Como sempre, estou ao lado do povo e estou na linha da frente da situação, enfrentando este ataque criminoso ao sistema elétrico nacional. Já o disse e repito: Calma e serenidade, nervos de aço!", frisou o chefe de Estado venezuelano, numa mensagem na rede social Telegram.
O líder chavista culpou a extrema-direita por "atacar o povo" novamente, noticiou a agência Efe.
O ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez, já tinha alegado que o apagão "faz parte do plano golpista", que "foi realizado" pelo líder da maior coligação da oposição -- a Mesa de Unidade Democrática (MUD) --, Edmundo González Urrutia, em conjunto com a sua maior apoiante, María Corina Machado.
Ñáñez reiterou que se trata de uma "nova sabotagem" que "afetou quase todo o território nacional", uma vez que receberam, de Caracas e dos 23 estados, relatos da queda no fornecimento de energia elétrica "total ou parcialmente".
Posteriormente, o chefe do Ministério do Interior, Diosdado Cabello, garantiu que haverá justiça depois de um novo ataque ao sistema elétrico.
Este novo apagão ocorre quando o país atravessa uma crise política, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter proclamado o atual chefe de Estado, Nicolás Maduro, como o vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.
A oposição venezuelana e a comunidade internacional pediram às autoridades venezuelanas que apresentassem as atas das votações, o que ainda não aconteceu. A oposição e vários países consideram que há indícios de fraude, denunciados pela MUD, que insiste na vitória de González Urrutia.
Vários estados do país sofrem apagões frequentes, em alguns casos com duração até uma semana, como é regularmente relatado por utilizadores de diferentes regiões do interior e áreas populares de Caracas.
O último grande apagão nacional ocorreu em março de 2019, quando grande parte do país esteve sem energia durante quatro dias.
O Governo atribuiu também esse apagão à sabotagem, apontando o dedo à oposição e aos governos dos Estados Unidos e da Colômbia, liderados na altura por Donald Trump e Iván Duque, respetivamente.
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