Os factos ocorreram na manhã de 25 de abril de 2022, quando Aaron Mitchell se deslocou a Douglas, no Arizona, onde raptou a estudante do ensino secundário, a levou para o seu apartamento e a violou sexualmente, informou hoje o Departamento de Justiça (DOJ).
De acordo com as provas apresentadas no julgamento de duas semanas, Mitchell apresentou-se como agente da autoridade e pediu à estudante os seus documentos de imigração.
Depois de mostrar o seu distintivo e credenciais de polícia, Mitchell mandou a rapariga entrar no seu carro e explicou que a levaria para a esquadra da polícia.
Em vez disso, o agente levou a rapariga para longe da escola, encostou-a à berma da estrada e prendeu-lhe as mãos e os pés com dois pares de algemas.
A vítima testemunhou no julgamento que, depois de a algemar, o arguido lhe disse para fazer tudo o que ele mandasse porque não queria ter de a magoar. Depois forçou-a a entrar no seu apartamento, onde a agrediu sexualmente de forma repetida durante várias horas.
Mitchell acabou por devolver a menor à zona do liceu onde a tinha raptado e avisou-a para não contar a ninguém.
A vítima denunciou imediatamente o rapto e as agressões sexuais a familiares e a várias autoridades policiais.
"Os crimes hediondos cometidos contra uma jovem estudante do liceu por um indivíduo que jurou cumprir a lei são indescritíveis", afirmou a procuradora da Divisão dos Direitos Civis do DOJ, Kristen Clarke, num comunicado.
"Com este veredicto, o júri fez-nos a todos um grande favor ao responsabilizar este antigo agente da autoridade federal", acrescentou a procuradora.
Mitchell pode ser condenado a uma pena máxima de prisão perpétua.
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