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Manifestantes voltam a exigir a Netanyahu que feche já acordo sobre reféns
Familiares dos reféns e manifestantes opositores ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu saíram hoje às ruas das principais cidades israelitas para exigir um acordo para a libertação dos reféns raptados na Faixa de Gaza.
© Getty Images
Mundo Médio Oriente
A maior manifestação foi novamente em Telavive, onde a mãe do refém Tsahi Idan, Devorah Idan, recordou: "Continuamos no mesmo pesadelo de massacre e pogrom", após 330 días de secuestro.
Outro familiar, Michel Illouz, pai de Guy Illouz, que foi morto no festival de música Supernova e que foi levado para Gaza morto, lembrou a Netanyahu que só haverá vitória sobre o Hamas se os reféns forem devolvidos.
"Sem eles, a sociedade desmorona-se, os nossos melhores cérebros vão-se embora", alertou, antes de apelidar o primeiro-ministro de 'sabotador do Estado'.
"Ele tinha medo de perder o emprego e nós estamos a pagar o preço", censurou.
Durante o protesto, houve confrontos com a polícia a cavalo e duas pessoas terão sido detidas. A irmã de um dos reféns Natalie Atedgi ficou ferida e teve de ser levada para o hospital, após uma colisão com um polícia a cavalo.
Os manifestantes voltaram a bloquear a autoestrada Ayalon, apesar da presença da polícia e dos contra manifestantes de extrema-direita. Os polícias desimpediram a estrada e efetuaram várias detenções.
O líder da oposição, Yair Lapid, acusou Netanyahu de dar prioridade à sua sobrevivência política. Isto, "enquanto os nossos filhos e filhas estão a morrer em cativeiro", acrescentou, a propósito do anúncio feito hoje pelas Forças Armadas israelitas da descoberta de vários corpos, possivelmente de reféns, na Faixa de Gaza.
"Nem o corredor de Filadélfia, nem as vacinas contra a poliomielite lhe interessam. Só a coligação e os agradáveis (Bezalel) Smotrich e (Itamar) Ben Gvir. Neste processo, ele está a esmagar as famílias e a nação de Israel", criticou.
Israel prossegue a sua ofensiva na Faixa de Gaza, em resposta ao ataque levado a cabo pelo movimento Hamas, em 07 de outubro.
As autoridades de Gaza indicaram que 29 corpos foram retirados dos escombros esta madrugada. Dezenas de feridos foram levados para os hospitais.
Leia Também: Reféns e familiares de vítimas são contra cerimónia do 7 de outubro
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