De acordo com a sondagem efetuada pela Oracle Advisory Group, o partido do governo obteve 63 dos 125 lugares no parlamento, sem ter em conta os seis lugares disputados no enclave de Nakhichevan.
Estes resultados coincidem com os da sondagem do Centro de Estudos Sociológicos do Azerbaijão, que, com os resultados de Nakhichevan, eleva para 67 o número de deputados do Novo Azerbaijão.
Ambas as sondagens indicam igualmente que 45 candidatos independentes terão sido eleitos. Os restantes treze lugares serão partilhados por vários partidos, que terão uma presença simbólica no Parlamento.
As eleições foram boicotadas pelo principal partido da oposição, a Frente Popular do Azerbaijão (FPA), em protesto contra mais de 300 presos políticos, liberdade de reunião praticamente proibida e por as autoridades controlarem as comissões eleitorais a todos os níveis.
"Nas condições atuais, não faz sentido participar nas eleições", disse à EFE o presidente da FPA, Ali Kerimli, na véspera das eleições.
Dois outros partidos da oposição, o Musavat e a Alternativa Republicana, participaram nas eleições, mas o Musavat queixou-se de que as autoridades eleitorais dificultaram ao máximo o registo dos seus candidatos, facilitando simultaneamente o registo dos representantes do partido no poder.
De acordo com a Comissão Central de Eleições (CEC), o dia da votação decorreu num clima de total normalidade. As assembleias de voto encerraram às 19:00 locais (16:00 em Lisboa).
Aliyev, no poder desde 2003, votou como habitualmente às primeiras horas da manhã, sem fazer quaisquer declarações.
A duas horas do encerramento das urnas, a afluência às urnas era de apenas 33,83% do eleitorado de pouco mais de 6,4 milhões de cidadãos, de acordo com os dados publicados pela CEC.
A lei do Azerbaijão estipula que as eleições são válidas independentemente da afluência às urnas e que os 125 membros do parlamento são eleitos num número igual de círculos eleitorais, onde os lugares são decididos numa única volta por maioria simples.
As eleições legislativas, inicialmente previstas para o início de novembro deste ano, foram antecipadas a pedido do Novo Azerbaijão, uma vez que a data inicial do sufrágio iria coincidir com a organização da cimeira do clima COP29, em Baku.
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