O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, acabou o dia no Intercontinental Exchange a cotar 0,01 dólares abaixo dos 72,70 dólares com que fechou as transações na quarta-feira.
O preço do petróleo manteve-se praticamente estático face ao último dia e não reagiu ao anúncio da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que decidiu hoje adiar por dois meses a implementação do seu plano de levantamento gradual das reduções voluntárias na sua produção de petróleo bruto.
A decisão foi tomada pelos ministros do setor da Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, numa teleconferência que não tinha sido anunciada, indicou esta aliança.
Estes são os oito países que iam 'abrir as torneiras' a partir do próximo mês para devolver gradualmente ao mercado um total de 2,2 milhões de barris por dia de crude (mbd) que retiraram voluntariamente, para além dos fortes cortes de produção acordados vinculativamente pelo 19 dos 22 países da OPEP+ em várias fases desde o final de 2022, e que se mantêm em vigor.
O sentimento negativo continua a predominar entre os investidores, impulsionado pelos fracos dados económicos da China, o maior importador de petróleo do mundo, e depois de ter sido revelado que os empregadores privados nos Estados Unidos contrataram o menor número de trabalhadores em três anos e meio, em agosto.
Estes dados são fundamentais para fazer pender a balança da esperada decisão da Reserva Federal dos EUA (Fed) de reduzir as taxas de juro na sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro, o que poderá impulsionar a economia dos EUA e a procura de petróleo .
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