Uma vala comum com mais de 300 corpos foi descoberta num cemitério de Oldham, na Grande Manchester, em Inglaterra, - a maioria dos corpos pertencem a nados-mortos e crianças
A cova, no Cemitério de Roydon, era quadrada de 3,6x3,6 metros e continha 145 nados-mortos, 128 bebés e crianças pequenas e 29 adultos.
A descoberta foi feita por uma mulher que procurava os seus irmãos gémeos que tinham morrido em 1962, um nado-morto e o outro morreu cinco horas após o nascimento, conta a BBC.
As vereadoras Maggie Hurley e Jade Hughes revelaram tratar-se de uma "revelação devastadora" e já pediram para que fosse construído um memorial para todos os que estão enterrados naquele local.
A mulher contou às vereadoras que foi instruída a encontrar-se perto do túmulo com um cuidador do cemitério que apareceu com um grande livro em ouro com os nomes dos mortos.
Desde então já foram encontradas outras quatro valas comuns com centenas de outros corpos de crianças. Uma na zona católica, outra na zona protestante e outra na secção da Igreja de Inglaterra, tendo levantado a questão de quantos outros bebés sem nome permanecem em valas comuns por todo o país.
A mulher, que não foi identificada, foi informada de que um dos irmãos estava definitivamente na primeira vala comum, mas que "não estava sozinho", mas o outro ainda não foi encontrado.
"Nem queria acreditar no que estava a ouvir. Ouvir o que se passou com estas pessoas é horrendo", admitiram as vereadoras, acrescentando que se trata de "uma injustiça gritante que os pais tenham sido privados do direito fundamental de enterrar os seus filhos, um direito que deveria ser inerente e inquestionável".
Antes da década de 1980, os pais não eram informados em detalhe do que acontecia quando os bebés eram nados-mortos. Os médicos diziam apenas aos pais enlutados que os seus filhos seriam enterrados ao lado de "uma pessoa boa" que seria enterrada no mesmo dia — muitas vezes sem lhes dar a oportunidade de se despedir, mas acabavam a ser enterrados numa vala comum.
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