O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, acabou o dia no Intercontinental Exchange a cotar 1,63 dólares abaixo dos 72,68 dólares com que fechou as transações na quinta-feira.
Durante a negociação o Brent caiu para mínimos de março de 2023 e esteve perto dos 70 dólares (cerca de 63 euros) por barril, barreira que não é atingida desde o final de 2021.
O Brent continuou hoje a descer depois de ter acumulado perdas sucessivas desde o início de setembro.
A descida de hoje ocorreu depois de ter sido anunciado que o emprego nos Estados Unidos aumentou menos do que o esperado pelos economistas em agosto.
No entanto, a taxa de desemprego nos EUA desceu de 4,3% para 4,2%, sugerindo um ligeiro abrandamento no mercado de trabalho, embora pareça indicar que a Reserva Federal (Fed) dos EUA ainda irá cumprir a sua prometida redução das taxas de juro na sua próxima reunião em setembro, para impulsionar a economia do país e a procura de petróleo bruto.
Os analistas do Bank of America Global Research baixaram hoje a sua previsão para o preço do petróleo Brent para 2025 em cinco dólares, para 75 dólares por barril, citando uma procura mais fraca da China e uma grande acumulação de reservas.
Esta tendência descendente do Brent fez com que a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidisse na quinta-feira adiar por dois meses a implementação do seu plano de levantamento gradual das reduções voluntárias na sua produção de crude, que estavam previstas para outubro e novembro.
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