Segundo a agência AFP, que cita uma fonte das autoridades locais de Rabat, uma "avaliação preliminar" dá conta de quatro mortos e 14 desaparecidos na província de Tata.
De acordo com a mesma fonte, "oito casas foram arrastadas pelas cheias em determinados vales" perto de Tamanart, uma zona rural da região de Tata, situada a 740 quilómetros a sudeste de Rabat.
"Os serviços de emergência estão mobilizados para procurar os desaparecidos e "prestar assistência à população", acrescentou.
Estas fortes chuvas, originadas por "um fenómeno climático excecional", caíram em regiões de Marrocos afetadas pela seca há pelo menos seis anos.
Na Argélia, afetaram zonas desérticas como o Saara, segundo imagens publicadas nas redes sociais.
Segundo a proteção civil argelina, uma jovem morreu arrastada pelas águas na zona de Illizi, no extremo sul, e uma outra pessoa, que seguia numa viatura, é procurada em Tamanrasset, também no extremo sul.
A proteção civil indicou ainda que resgatou várias famílias presas pelas cheias dos rios, em particular em Illizi e Béchar (sudoeste).
Desde sexta-feira que o sul e sudeste de Marrocos, bem como certas zonas do Atlas, foram afectados "por uma massa de ar tropical extremamente instável, devido à posição excecional da Frente Intertropical (FIT) sobre o sul do país", segundo explicou à agência AFP o porta-voz da Direção-Geral de Meteorologia de Marrocos, Lhoussaine Youabd.
Estas condições atípicas para estas regiões provocaram "fortes trovoadas e precipitações significativas, provocando cheias" e inundações de rios, indicou o responsável.
Nas últimas 24 horas, a região de Ouarzazate, localizada a 500 quilómetros a sul de Rabat, recebeu 47 milímetros de água em três horas.
Marrocos enfrenta uma grave crise hídrica, após seis anos consecutivos de seca, situação que reduziu o nível das barragens para menos de 28% no final de Agosto.
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