Mãe de suspeito de tiroteio na Geórgia ligou para escola 30 minutos antes

Marcee Gray terá avisado um conselheiro escolar sobre uma "emergência extrema", tendo pedido que localizasse o seu filho.

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© CHRISTIAN MONTERROSA/AFP via Getty Images

Daniela Filipe
09/09/2024 08:04 ‧ 09/09/2024 por Daniela Filipe

Mundo

EUA

A mãe de Colt Gray, o adolescente de 14 anos que foi acusado de ter levado a cabo um tiroteio numa escola secundária no estado norte-americano da Geórgia, que resultou na morte de dois estudantes e de dois professores, contactou o estabelecimento de ensino cerca de 30 minutos antes do ataque.

 

Marcee Gray terá avisado um conselheiro escolar sobre uma “emergência extrema”, tendo pedido que localizasse o seu filho, noticiou o The Washington Post.

De facto, registos telefónicos fornecidos àquele meio de comunicação por um familiar dão conta de uma chamada telefónica para a escola secundária Apalachee, em Winder, com a duração de 10 minutos, às 9h50, cerca de 30 minutos antes do ataque.

Nessa altura, um funcionário escolar dirigiu-se à sala de aula onde o jovem estaria, mas era demasiado tarde. O trabalhador deixou a divisão com uma mochila que pertencia a um adolescente com um nome parecido ao de Colt Gray, e o tiroteio teve início minutos depois.

A mãe do adolescente não detalhou o conteúdo da conversa ao jornal, mas adiantou tê-lo partilhado com as autoridades.

“Lamento imenso e não consigo imaginar a dor e o sofrimento por que estão a passar neste momento”, disse, tendo classificado o ataque como “absolutamente horrível”.

O tiroteio terá durado cerca de um minuto, tendo começado num corredor e terminado numa sala de aula, adiantou o xerife do condado de Barrow, Jud Smith, à ABC News.

Nesse minuto, o adolescente atirou contra 13 pessoas, quatro das quais morreram. Contudo, e de acordo com as autoridades, o número de mortes teria sido superior sem a resposta rápida e o sistema de alerta que o condado tinha instalado uma semana antes.

Todos os professores tinham um cartão de identificação da empresa de segurança CENTEGIX, que incluía um botão que permitia alertar as autoridades em caso de uma “emergência ativa”. Pelo menos 26 docentes acionaram o seu botão e alertaram a polícia em simultâneo.

Aliás, mesmo antes da chegada as autoridades, dois agentes escolares já tinham localizado o suspeito.

Recorde-se que Colt Gray foi indiciado por quatro crimes de homicídio, na sexta-feira, e será julgado como adulto.

Já o pai do menor, Colin Gray, que foi detido na quinta-feira à noite, foi indiciado por quatro crimes de homicídio involuntário, dois crimes de homicídio em segundo grau e oito crimes de crueldade contra crianças, por alegadamente ter permitido o acesso do adolescente à arma semi-automática usada no ataque, que também causou nove feridos.

O juiz responsável pelo caso disse que, se for considerado culpado, o homem de 54 anos poderá ser condenado a 180 anos de prisão.

Em nenhum dos casos a defesa dos suspeitos pediu libertação sob fiança, e ambos aguardarão julgamento em prisão preventiva.

Leia Também: Geórgia? Adolescente indiciado por homicídio por tiroteio em escola

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