Segundo reporta hoje a imprensa polaca, os cães - Einar, Eliot, Enzo e Emi - foram condecorados sexta-feira como parte de um novo programa polaco destinado a honrar o serviço dos cães utilizados para detetar explosivos, um trabalho valorizado pelo seu papel na proteção da vida humana.
Citado também hoje pela agência noticiosa Associated Press (AP), o general Wieslaw Kukula, chefe do Estado-Maior do Exército polaco, decidiu no ano passado que os cães que prestam serviço no exército da Polónia seriam elegíveis para seis patentes militares, desde soldado raso a cabo e sargento, mudança que foi bem recebida pelos seus fiéis tratadores humanos.
"A patente destina-se a honrar o trabalho árduo do cão em serviço", disse o cabo Daniel Kesicki, que completou recentemente um curso de treino de cinco meses com Eliot, um Malinois belga de dois anos. "Para mim, é um reconhecimento simbólico de que o cão está a servir a pátria."
Os cães homenageados pertencem ao 2.º Regimento de Engenheiros Mazovianos que, em 2007, se tornou a primeira unidade das forças armadas polacas a introduzir cães em serviço, segundo o porta-voz da unidade, o capitão Dominik Plaza, destacando que nenhum dos animais morreu em combate.
Durante a cerimónia, os treinadores dos cães receberam um distintivo com a patente dos seus animais, que prenderam aos arneses dos cães.
As cerimónias decorreram no meio de outros eventos militares, como a comemoração do 80.º aniversário do próprio regimento. Os cães receberam as patentes por terem completado o treino básico e por terem servido durante mais de um ano.
As patentes são um reconhecimento em grande parte simbólico "para que também nós tenhamos consciência de que esse cão é um membro das forças armadas. Não é apenas uma ferramenta para detetar explosivos, mas um ser vivo", disse Plaza.
A unidade foi recentemente destacada para Paris para os Jogos Olímpicos de verão e os Jogos Paralímpicos, onde os soldados do regimento e quatro dos seus 16 cães reforçaram os esforços de segurança franceses na deteção de explosivos em instalações, tendo tudo decorrido de forma pacífica.
Os cães do exército polaco prestaram serviço noutros locais em missões internacionais, incluindo no Iraque e no Afeganistão, como apoio à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) aos esforços liderados pelos Estados Unidos.
A Polónia, um aliado próximo e vizinho da Ucrânia, também anunciou no início do verão que iria enviar 12 cães treinados para apoiar os militares ucranianos na remoção de minas.
Os soldados que trabalham com os cães são voluntários para a missão, que se torna um compromisso que dura para o resto da vida do animal.
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