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Biden "indignado" com assassínio de ativista por militares israelitas

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou-se hoje "indignado e profundamente triste" com a morte da ativista turco-norte-americana Aysenur Ezgi Eygi, assassinada durante uma manifestação na Cisjordânia ocupada.

Biden "indignado" com assassínio de ativista por militares israelitas
Notícias ao Minuto

15:07 - 11/09/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Num comunicado, Biden apelou a Israel para que "faça mais" para garantir que tal tragédia não se repita.

 

"O tiroteio que levou à sua morte é totalmente inaceitável. Israel reconheceu a sua responsabilidade pela morte de Aysenur e uma investigação preliminar indicou que foi o resultado de um erro trágico resultante de uma escalada desnecessária", asseverou.

"Tem de haver uma responsabilização total. E Israel tem de fazer mais para garantir que acontecimentos como este não voltem a acontecer", frisou Biden.

No dia anterior, Biden tinha dito que a morte do ativista de 26 anos, na semana passada, tinha sido o resultado de "um acidente".

"Aparentemente foi um acidente, houve um ricochete no chão e ela foi atingida por acidente", disse o Presidente, poucas horas depois de o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, ter afirmado que o exército israelita devia fazer 'mudanças fundamentais' após a morte injustificada de Aysenur Ezgi Eygi.

O incidente ocorreu na sexta-feira na aldeia de Beita, no norte da Cisjordânia ocupada, onde se realizam manifestações semanais contra os colonatos israelitas, ilegais à luz do direito internacional.

Terça-feira, o exército israelita assumiu ser "muito provável" que a ativista tenha sido morta "indiretamente e sem intenção" por fogo das próprias Forças Armadas de Israel.

Segundo o exército, o incidente ocorreu "durante um violento motim em que dezenas de suspeitos palestinianos queimaram pneus e atiraram pedras contra as forças de segurança".

Os disparos "não visavam a ativista, mas sim o principal instigador do motim", afirmou o exército em comunicado.

Na segunda-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o seu país tudo fará "para garantir que a morte de Aysenur Ezgi não fique impune".

A família da vítima rejeitou a versão dos factos apresentada pelo exército israelita e qualificou a investigação preliminar como "completamente inadequada".

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