Elon Musk, encarregado pelo novo Presidente norte-americano, Donald Trump, de redesenhar o Governo federal, disse na segunda-feira que a agência, que gere milhares de milhões de dólares de ajuda em todo o mundo, iria encerrar.
Na sequência disso, a agência foi colocada sob a tutela do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que declarou que os Estados Unidos não fazem caridade.
Dezenas de altos funcionários da USAID já tinham sido colocados em licença e a sede da agência em Washington deixou de estar acessível.
"Na sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025, às 23:59 [04:59 em Lisboa], todos os funcionários diretamente empregados pela USAID serão colocados em licença administrativa em todo o mundo", com exceção do pessoal considerado essencial, indica uma nota publicada pela USAID no portal oficial da agência, onde não consta qualquer outra informação.
A decisão causou choque e consternação na agência independente, criada por uma lei do Congresso, o parlamento norte-americano, em 1961 e que gere um orçamento de mais de 40 mil milhões de dólares (38,5 mil milhões de euros) para ajuda humanitária e desenvolvimento em todo o mundo.
Os funcionários que trabalham no estrangeiro e as famílias têm 30 dias para regressar aos Estados Unidos, segundo o memorando.
A USAID emprega cerca de 10 mil pessoas, dois terços das quais estão destacadas no exterior, de acordo com o Serviço de Investigação do Congresso.
A crise na USAID resulta do congelamento da ajuda externa dos EUA pelo Presidente Donald Trump - com algumas exceções, incluindo a ajuda humanitária considerada vital - enquanto o apoio é revisto durante 90 dias para avaliar se está de acordo com os objetivos da política externa.
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