O frente a frente de Donald Trump e Kamala Harris na terça-feira ficou marcado por muitos momentos, entre os quais aquele em que o republicano acusou imigrantes de comerem animais de estimação.
A declaração foi desmentida durante o debate, no qual o moderador disse que as autoridades "não tinham provas" de tal.
Mas entre várias acusações e fogo cruzado entre os participantes do debate, que vão a votos em novembro, de onde surgiu a ideia de que imigrantes estão a comer animais?
Segundo a imprensa internacional, o rumor foi surgindo e propagou-se, nomeadamente, nas redes sociais. Mas este boato ganha proporções mais graves, na medida em que a 'pólvora' foi também o republicano escolhido por Trump para vice-presidente, JD Vance.
Vance addresses reports of migrants ravaging towns like Springfield, Ohio.
— Washington Examiner (@dcexaminer) September 11, 2024
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Segundo o republicano - que já foi alvo de muitas críticas depois de ter dito, em 2021, que Kamala era uma "mulher sem filhos e com gatos" -, estes alegados casos com imigrantes aconteceram no Ohio.
Segundo JD Vance partilhou nas redes sociais, o seu gabinete tinha recebido "várias denúncias" de habitantes que davam conta de que esta população estaria a roubar animais de estimação para os comer. Já na terça-feira, o candidato a 'vice' disse que esses rumores seriam "provavelmente falsos" - o que as autoridades de Springfield, no Ohio, confirmaram.
Na madrugada desta quarta-feira, logo após o debate, especialistas políticos, analistas e comentadores notaram que Donald Trump frequentemente se colocou numa posição defensiva em questões como aborto, enquanto se deixou levar pelas provocações de Kamala Harris, desviando-se da mensagem que queria passar.
Estrategas e figuras democratas de relevo aplaudiram o desempenho da vice-presidente, enquanto vários republicanos reclamaram do tom das perguntas dos moderadores e reconheceram as oportunidades perdidas por Trump de focar-se num ataque direcionado.
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