Os quatro diplomatas foram "convocados para o Ministério dos Negócios Estrangeiros na sequência das sanções e dos comentários não construtivos das partes europeias", anunciou a agência noticiosa oficial Irna, citada pela France-Presse (AFP).
O Irão já tinha ameaçado tomar "medidas" em resposta às sanções ocidentais e voltou a negar as acusações de que teria entregado mísseis à Rússia.
Ao convocar os diplomatas europeus, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano "condenou veementemente" as "recentes declarações e ações destrutivas" da Europa, segundo a Irna.
"A persistência destas posições e ações é vista como a continuação de uma política ocidental hostil para com o povo iraniano", acrescentou a mesma fonte.
"Durante as reuniões com os embaixadores europeus, o diretor-geral do Departamento da Europa Ocidental do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que a República Islâmica dará uma resposta adequada ao comportamento hostil do Ocidente contra a nação iraniana", avançou a agência noticiosa Mehr, citada pela Europa Press.
A convocação dos diplomatas europeus surge dois dias depois de o Reino Unido, os Estados Unidos, a Alemanha e a França terem anunciado novas sanções contra o Irão, em represália pelo alegado fornecimento de mísseis à Rússia.
A companhia aérea iraniana Iran Air, acusada de ter efetuado tais entregas, deixará de poder operar nos territórios destes países.
Londres tinha convocado o encarregado de negócios iraniano na quarta-feira.
Por seu lado, os Estados Unidos, inimigo declarado do Irão, anunciaram que impuseram, juntamente com os seus aliados, sanções a seis empresas iranianas de drones e mísseis balísticos, fornecedoras da Rússia ao abrigo de um contrato assinado no final de 2023, e a 10 dos seus dirigentes e empregados.
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