Exército israelita diz ter desmantelado última brigada do Hamas em Gaza

O exército israelita garantiu hoje que desmantelou a última brigada do Hamas que se mantinha ativa em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, acrescentando que eliminou 2.000 terroristas e destruiu aproximadamente 13 quilómetros de rotas de túneis.

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© AFP via Getty Images

Lusa
12/09/2024 22:21 ‧ 12/09/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Até ao momento, as tropas eliminaram mais de 2.000 terroristas e destruíram aproximadamente 13 quilómetros de rotas de túneis subterrâneos" na região", sublinharam as Forças Armadas de Israel (IDF), em comunicado.

 

Há apenas dois dias, as forças israelitas tinham anunciado a morte do comandante do último batalhão do Hamas em Rafah, num ataque de 'drones' há várias semanas.

Quando Israel iniciou a sua criticada ofensiva terrestre em Rafah, a cidade mais a sul da Faixa de Gaza e na fronteira com o Egito, no início de maio, as forças israelitas referiram que tinham de entrar porque os quatro batalhões do Hamas que constituíam a sua última brigada estavam ali escondidos.

Desde então, as forças israelitas lançaram incursões mais curtas em diferentes partes da Faixa de Gaza, mas nunca abandonaram Rafah ou o chamado 'corredor de Filadélfia', que separa Gaza do Egito e onde as forças afirmam ter encontrado centenas de túneis usados para introduzir armas.

O Exército frisou, no comunicado, que destruiu 80% dos túneis localizados perto e por baixo do corredor e que os trabalhos continuam.

A permanência das tropas israelitas no 'corredor de Filadélfia', que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defende agora como um requisito essencial das negociações para um cessar-fogo com o Hamas, é uma das principais questões que impedem o acordo, uma vez que o grupo islamita rejeita esta opção completamente.

Além disso, a ofensiva terrestre israelita forçou então o encerramento da passagem fronteiriça de Rafah, através da qual tinha entrado a maior parte da ajuda humanitária ao enclave desde o início da guerra em Gaza.

O encerramento limitou muito o trabalho das organizações humanitárias, que já não dispõem de alguns materiais básicos, como sabão ou medicamentos.

A incursão obrigou os mais de 1,5 milhões de palestinianos deslocados que se abrigavam na única área relativamente segura da Faixa a aglomerarem-se numa pequena "zona humanitária" ao largo da costa sul de Gaza, que também tem sido sujeita a bombardeamentos e a ordens de evacuação quase constantes.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, onde deixou cerca de 1.200 mortos e levou mais de duas centenas de reféns.

Desde então, Israel encetou uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já matou mais de 41 mil pessoas, na maioria civis de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, além de ter provocado um desastre humanitário e desestabilizado todo o Médio Oriente.

Leia Também: Guterres pede investigação e responsabilização após ataque a escola em Gaza

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