A Ucrânia está a exigir aos seus aliados o levantamento das restrições que lhe permitam atacar profundamente em solo russo, nomeadamente alvos militares considerados "legítimos", tais como bases aéreas de onde descolam os aviões que bombardeiam a Ucrânia.
Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, ao denunciar esta "tendência preocupante", destacou as advertências já feitas pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, um tema que os líderes norte-americanos e britânicos devem discutir hoje em Washington.
O embaixador insistiu que este "potencial desenvolvimento muda fundamentalmente as relações com o Ocidente".
"Se a decisão de levantar as restrições for realmente tomada, isso significará que a partir desse momento os países da NATO travarão uma guerra direta contra a Rússia. Neste caso teremos que, como vocês entendem, tomar as decisões apropriadas, com todos as consequências que os agressores ocidentais possam incorrer", alertou.
"O facto é que a NATO será uma parte direta nas hostilidades contra uma potência nuclear. Penso que não se devem esquecer disso e pensar nas consequências", acrescentou Nebenzya, no Conselho de Segurança.
Os Estados Unidos responderam acusando mais uma vez a Rússia de ter recebido mísseis balísticos do Irão.
"As transferências do Irão representam uma escalada dramática e um desenvolvimento desestabilizador", disse o vice-embaixador norte-americano, Robert Wood, acusando também a Coreia do Norte de ter entregue mísseis e munições à Rússia, e a China de fornecer "componentes" que podem ser usados na máquina de guerra russa.
"É claro que há uma necessidade urgente de ajudar a Ucrânia a defender-se dos ataques com mísseis", acrescentou Wood, sem mencionar a questão dos mísseis de longo alcance.
Leia Também: Moscovo condena Lisboa por entregar hélis a Kyiv. "Mais um passo hostil"