Rússia alerta na ONU para consequências do uso de mísseis ocidentais

O embaixador russo na ONU alertou hoje o Ocidente para as consequências de uma eventual autorização para Kiev usar mísseis de longo alcance em território russo, o que envolveria a NATO "numa guerra direta" contra uma "potência nuclear".

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Lusa
13/09/2024 19:27 ‧ 13/09/2024 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

A Ucrânia está a exigir aos seus aliados o levantamento das restrições que lhe permitam atacar profundamente em solo russo, nomeadamente alvos militares considerados "legítimos", tais como bases aéreas de onde descolam os aviões que bombardeiam a Ucrânia.

 

Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, ao denunciar esta "tendência preocupante", destacou as advertências já feitas pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, um tema que os líderes norte-americanos e britânicos devem discutir hoje em Washington.

O embaixador insistiu que este "potencial desenvolvimento muda fundamentalmente as relações com o Ocidente".

"Se a decisão de levantar as restrições for realmente tomada, isso significará que a partir desse momento os países da NATO travarão uma guerra direta contra a Rússia. Neste caso teremos que, como vocês entendem, tomar as decisões apropriadas, com todos as consequências que os agressores ocidentais possam incorrer", alertou.

"O facto é que a NATO será uma parte direta nas hostilidades contra uma potência nuclear. Penso que não se devem esquecer disso e pensar nas consequências", acrescentou Nebenzya, no Conselho de Segurança.

Os Estados Unidos responderam acusando mais uma vez a Rússia de ter recebido mísseis balísticos do Irão.

"As transferências do Irão representam uma escalada dramática e um desenvolvimento desestabilizador", disse o vice-embaixador norte-americano, Robert Wood, acusando também a Coreia do Norte de ter entregue mísseis e munições à Rússia, e a China de fornecer "componentes" que podem ser usados na máquina de guerra russa.

"É claro que há uma necessidade urgente de ajudar a Ucrânia a defender-se dos ataques com mísseis", acrescentou Wood, sem mencionar a questão dos mísseis de longo alcance.

Leia Também: Moscovo condena Lisboa por entregar hélis a Kyiv. "Mais um passo hostil"

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