Juan López, de 46 anos, que era vereador do Município de Tocoa, foi assassinado na noite de sábado por homens armados, apesar de estar sob medidas cautelares da Comissão Interamericana de Direitos Humanos desde 2023.
Em comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou o assassínio de Juan Lopez que era ameaçado por defender o Parque Nacional Botaderos, perto do Caribe.
"Apesar dos numerosos alertas emitidos por organismos nacionais e internacionais sobre os riscos que corria, assim como sobre a sua condição de beneficiário do Sistema de Proteção Nacional, as medidas adotadas pelo Estado das Honduras foram insuficientes para salvaguardar a vida do defensor Juan López", sublinhou.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu uma "investigação imediata, imparcial e eficaz" para identificar e punir os responsáveis pela sua morte.
A presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos nas Honduras, Blanca Izaguirre, expressou à sua solidariedade aos familiares de Juan López e pediu igualmente às autoridades uma "investigação diligente, oportuna e eficaz" para garantir que os responsáveis por este crime não fiquem impunes.
A secretária de Segurança das Honduras anunciou que foi formado um grupo interdisciplinar para esclarecer o assassinato de Juan López, cuja investigação será conduzida por promotores especializados.
O ambientalista e vereador Juan López opôs-se a um projeto mineiro conhecido como Guapinol, no Caribe hondurenho.
Leia Também: Presidente hondurenha denuncia estar a ser preparado um golpe de Estado
