Extrema-direita solidariza-se com Salvini que arrisca 6 anos de prisão

Deputados europeus de sete partidos da extrema-direita solidarizaram-se hoje com o vice-presidente do governo italiano, Matteo Salvini, depois de a Procuradoria pedir a sua condenação a seis anos de prisão.

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© Massimo Di Vita/Archivio Massimo Di Vita/Mondadori Portfolio via Getty Images

Lusa
17/09/2024 23:57 ‧ 17/09/2024 por Lusa

Mundo

Open Arms

Em causa está o facto de ter impedido o desembarque de 147 migrantes do navio humanitário espanhol Open Arms em 2019, quando era ministro do Interior.

 

Os eurodeputados da extrema-direita de Hungria, Itália, França, Áustria, Espanha, Bélgica e Portugal, que constituem, desde o verão, o grupo Patriotas pela Europa no Parlamento Europeu, compareceram juntos em Estrasburgo para criticar a decisão do Ministério Público italiano e instar que se repense a política migratória europeia.

"O nosso grupo acredita que as fronteiras devem proteger-se e que os barcos das organizações não governamentais que trazem para a Europa devem ser travados", disse a eurodeputada do Fidesz húngaro Kinga Gal, que criticou que "o mundo está virado do avesso", quando se sanciona os que "defendem as fronteiras europeias".

O chefe da delegação europeia do Vox, de Espanha, Jorge Buxadé, lamentou que Salvini se confronte com um processo judicial "por fazer o que qualquer político responsável faria" e instou a mudar qualquer lei que "possa colocar na cadeia um político por defender as suas fronteiras".

Buxadé acrescentou "as mafias devem ser combatidas, (..) assaltar as suas embarcações e pô-las na cadeia" e sugeriu que os 20 mil euros por pessoa que cada Estado deve pagar se recusar receber imigrantes sejam substituídos por uma recompensa da mesma quantidade por cada imigrante expulso.

Da parte da Liga italiana, o partido do próprio Salvini, o eurodeputado Paolo Borgia mostrou-se convencido que a política migratória que defende e o seu companheiro de partido reduz as mortes no Mediterrâneo, enquanto o francês Jean-Paul Garraud, da União Nacional, disse que vai ser "o fim da democracia" se a justiça questiona as decisões dos políticos.

Leia Também: Primeira-ministra italiana expressa "total solidariedade" com Salvini

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