"(O Irão) condena veementemente o ato terrorista do regime sionista (Israel) no Líbano, que tem como alvo cidadãos libaneses, como um assassínio em massa", refere o comunicado do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani,
O Hezbollah (Partido de Deus) é encarado pelo Irão como "eixo de resistência" contra Israel, inimigo da República Islâmica.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, a 07 de outubro do ano passado, o Hezbollah e o Exército israelita têm estado envolvidos em atos de guerra, quase diariamente, na fronteira israelo-libanesa.
"A comunidade internacional deve atuar rapidamente para contrariar a impunidade das autoridades criminosas sionistas", acrescentou Kanani.
Na terça-feira, a televisão estatal anunciou que o embaixador iraniano em Beirute, Mojtaba Amani, tinha sido ferido numa explosão de um 'pager' (recetor eletrónico de mensagens escritas).
A agência noticiosa Tasnim, de Teerão, afirmou que o diplomata "sofreu ferimentos na mão e no rosto" e que o aparelho que explodiu pertencia a "um dos guarda-costas".
Hoje, a embaixada iraniana em Beirute desmentiu através de mensagens nas redes sociais "rumores sobre a condição física e problemas de visão" do embaixador, acrescentando que o tratamento dos ferimentos estava a progredir favoravelmente.
O chefe do Crescente Vermelho iraniano, Pirhossein Kolivand, anunciou hoje que a organização tinha enviado "equipas de salvamento e cirurgiões oftalmológicos" para o Líbano para tratar os feridos.
"Se necessário, estamos prontos para transferir os feridos graves para o Irão", acrescentou, citado pela agência oficial Irna.
As explosões dos equipamentos de receção de mensagens fizeram nove mortes e mais de dois mil feridos no Líbano e na Síria.
Leia Também: "Agressão". Israel por detrás das explosões com 'pagers' no Líbano?