Os Estados Unidos garantem que não estiveram envolvidos nem tinham qualquer informação sobre as explosões com 'pagers' que aconteceram na terça-feira no Líbano e recusam comentar o ataque. Contudo, o governo norte-americano está a recolher informações sobre o caso.
"Os Estados Unidos não estavam envolvidos nisso. Não soubemos deste incidente com antecedência e, neste momento, estamos a recolher informações. Estamos a recolher informação da mesma forma que os jornalistas de todo o mundo para recolher os factos sobre o que pode ter acontecido", sublinhou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, durante uma conferência de imprensa.
'Pagers' foram produzidos na Europa
O fundador e presidente da Gold Apollo, Hsu Ching-kuang, empresa fabricante de 'pagers' com sede em Taiwan, afirmou que os dispositivos usados para atacar os membros do grupo militante libanês Hezbollah foram produzidos por um distribuidor húngaro e, por isso, a empresa de Taiwan não tem qualquer responsabilidade.
Entretanto, as autoridades portuárias de Taiwan também confirmaram que não houve nenhum carregamento de 'pagers' com o Líbano como destino.
Recorde-se que, na terça-feira, houve, em várias zonas do Líbano, uma explosão simultânea de 'pagers' utilizados pelo Hezbollah que provocou doze mortos e cerca de 2.800 feridos. A televisão estatal confirmou que o embaixador iraniano em Beirute, Mojtaba Amani, foi um dos feridos.
O Irão, o Governo libanês, os Hutis, o Hamas e o próprio Hezbollah atribuíram a Israel a responsabilidade pelas explosões. Segundo o jornal norte-americano New York Times terá mesmo sido o país governado por Benjamin Netanyahu a esconder os explosivos dentro dos 'pagers' da Gold Apollo destinados ao Hezbollah.
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