Em comunicado, o Hamas, em guerra com Israel na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, "condena a agressão violenta e terrorista lançada pelas aeronaves inimigas sionistas nos subúrbios a sul de Beirute", acrescentando que o ataque representa uma "escalada brutal" no conflito na região.
De acordo com o Ministério da Saúde Pública do Líbano, 12 pessoas morreram e 66 ficaram feridas, nove das quais em estado crítico, no bombardeamento israelita, que atingiu um edifício residencial nos arredores de Beirute, onde prosseguem os esforços de resgate.
O bombardeamento teve como alvo um edifício conhecido como Dahye e um importante bastião do Hezbollah.
O Exército israelita afirmou que o seu ataque aéreo matou o chefe das operações militares do grupo xiita libanês, Ibrahim Aqil, juntamente com outros membros das forças de elite de Radwan, embora o movimento ainda não tenha comentado estas informações.
Esta é a terceira vez que o edifício Dahye é atacado desde o início dos confrontos entre as partes, há quase um ano, tendo o número dois do gabinete político do Hamas, Saleh al-Arouri, sido ali assassinado em janeiro, bem como o comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em julho.
O Exército israelita calcula que, além de Ibrahim Aqil, o seu ataque de hoje eliminou cerca de dez comandantes do grupo libanês pró-iraniano.
Em resposta ao "bombardeamento seletivo" realizado horas antes pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), a milícia xiita libanesa efetuou novos ataques contra posições militares israelitas no norte do país.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza desde há 11 meses.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
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