Presidente da Guiné-Bissau visita barragem paraguaio-brasileira de Itaipu

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, visitou a barragem binacional de Itaipú, no segundo dia de uma visita oficial ao Paraguai, que partilha a operação da central hidroelétrica com o Brasil.

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Lusa
22/09/2024 06:14 ‧ 22/09/2024 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

Em comunicado, a operadora de Itaipú destacou que Embaló percorreu no sábado a barragem, na localidade de Hernandarías, no sudeste do Paraguai.

 

O diretor-geral paraguaio de Itaipú, Justo Zacarías, deu as boas-vindas ao chefe de Estado guineenses, referiu o comunicado.

Embaló, que foi acompanhado durante a visita pelo diretor técnico da binacional, Hugo Zárate, conheceu o funcionamento das turbinas, bem como aspetos relacionados com a operação e geração de energia da central hidroelétrica, uma das maiores do mundo.

A barragem de Itaipú, no rio Paraná, gerou mais de 13% da energia elétrica brasileira e 90% do consumo de eletricidade paraguaio nos últimos 10 anos.

No ano passado, o Brasil e o Paraguai começaram a renegociação do tratado que estabeleceu a barragem.

Na sexta-feira, o primeiro dia da visita oficial ao país sul-americano, Embaló apelou ao homólogo do Paraguai, Santiago Peña, para abrir uma embaixada em Bissau.

Após um encontro na capital paraguaia, Assunção, na sexta-feira, Embaló colocou a hipótese de "assinar acordos de consulta política e diplomática entre os dois ministérios dos Negócios Estrangeiros".

"É importante colocar uma embaixada na Guiné-Bissau", disse numa conferência de imprensa o Presidente guineense, que acrescentou que o Paraguai pode contar com o seu país "como amigo, sempre".

Embaló propôs ainda a Peña a possibilidade de concertar as posições dos dois países em relação às relações externas.

"Temos sempre de estar de acordo sobre o que diz a política externa", apelou o chefe de Estado guineense.

Na mesma conferência de imprensa, o Presidente do Paraguai disse que a visita do homólogo africano será o início de "outras oportunidades" de intercâmbio cultural e académico.

"Abrimos a possibilidade de os estudantes da Guiné-Bissau virem ao Paraguai para formação em áreas como a medicina veterinária e a agricultura", anunciou Peña.

"Estamos determinados a levar a nossa relação diplomática a um nível de cooperação muito elevado e muito profundo no campo político, no campo económico e, claro, nas nossas relações internacionais", disse o Presidente paraguaio.

No domínio do comércio externo, Peña destacou que o Paraguai exportou arroz no valor de quase 1,4 milhões de dólares (1,25 milhões de euros) para a Guiné-Bissau em 2023.

O chefe de Estado disse que o Paraguai formalizou as relações diplomáticas com o país africano apenas em julho de 2023, mas que "as relações afetivas são de longa data".

Peña manifestou o desejo de que o Paraguai e a Guiné-Bissau se tornem "a ponte de união" entre África e a América Latina.

Leia Também: Presidente da Guiné-Bissau reúne-se com Peña em visita oficial ao Paraguai

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