Hezbollah diz ter lançado míssil contra sede da Mossad

O movimento xiita libanês Hezbollah, alvo de ataques de Israel no Líbano, afirmou hoje ter disparado um míssil balístico contra a sede da Mossad, serviços secretos exteriores israelitas, em Telavive.

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© Getty Images/Houssam Shbaro/Anadolu

Lusa
25/09/2024 07:50 ‧ 25/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

 "A resistência islâmica lançou um míssil balístico Qader 1 às 06:30 [04:30 em Lisboa] hoje (...) visando a sede da Mossad nos arredores de Telavive", declarou o Hezbollah, em comunicado.

 

O exército israelita ainda não confirmou este anúncio.

Antes, Israel anunciou ter identificado e intercetado um míssil terra-terra, lançado a partir do Líbano.

Entretanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que vai adiar por um dia a viagem para Nova Iorque, onde vai participar na 79.ª Assembleia-Geral da ONU, disse o gabinete do chefe do Governo.

"O primeiro-ministro Netanyahu vai viajar para discursar na ONU amanhã [quinta-feira], e não esta noite, e regressará no sábado à noite", indicou numa nota.

Nos últimos dias, o Exército israelita levou a cabo ataques em vários pontos do sul e leste do Líbano, e também na capital, Beirute, nos quais foram mortas cerca de 600 pessoas e mais de mil ficaram feridas. As autoridades israelitas garantiram ter eliminado vários comandantes do Hezbollah.

Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah, foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeiro 'pagers', depois 'walkie-talkies' - a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de 3.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.

Há mais de 11 meses que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque da milícia pró-iraniana que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

Leia Também: Número de deslocados no Líbano aproxima-se do meio milhão

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