Putin diz esperar Erdogan na Rússia em outubro para cimeira dos BRICS

O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou esta quarta-feira esperar o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, em Kazan, na Rússia, em outubro, para a cimeira dos BRICS, um bloco económico a que a Turquia, Estado-membro da NATO, quer aderir.

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Lusa
25/09/2024 19:00 ‧ 25/09/2024 por Lusa

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Rússia

"Envio os melhores votos ao Presidente da República da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Aguardo-o na Rússia, em Kazan. Penso que marcámos uma reunião bilateral para 23 de outubro", disse Putin ao presidente do parlamento turco, Numan Kurtulmus, de visita a Moscovo.

 

"Estamos muito satisfeitos por desenvolver as nossas relações com a República da Turquia em todas as áreas", acrescentou o chefe de Estado russo, classificando Rússia e Turquia como "bons vizinhos".

A última visita de Erdogan à Rússia foi em setembro de 2023, quando esteve em Sochi, nas margens do mar Negro.

A Turquia, cujas relações com os aliados ocidentais são por vezes tensas, anunciou no início de setembro que tinha apresentado oficialmente o seu pedido de adesão aos BRICS.

Com quatro membros (Brasil, Rússia, Índia e China) quando foi fundado em 2009, este grupo de economias emergentes acolheu a África do Sul em 2010 e foi este ano alargado a vários outros Estados: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Egito e Irão, parceiro económico e diplomático da Rússia.

Ancara, que manteve relações estreitas com Moscovo apesar da invasão russa da Ucrânia e da guerra ali travada desde fevereiro de 2022, é o único membro da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) que bateu à porta deste bloco económico.

Uma cimeira dos BRICS está agendada para entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan.

Além de Erdogan, é esperada a participação do Presidente chinês, Xi Jinping, do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do Presidente iraniano, Massud Pezeshkian.

Juntamente com a ONU, a Turquia ajudou a estabelecer um acordo sobre cereais no verão de 2022, que visava permitir as exportações dos cereais ucranianos através do mar Negro, apesar da guerra com a Rússia, que denunciou o acordo um ano depois.

Leia Também: Zelensky acusa Putin de planear ataques às centrais nucleares ucranianas

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