"Recebemos um aviso prévio, mas não vou entrar em mais detalhes", disse a vice-porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, em conferência de imprensa.
A China lançou nas águas do Pacífico Sul um míssil balístico intercontinental, capaz de atingir o território dos Estados Unidos, e que caiu na zona planeada.
Foi a primeira vez em 44 anos que a China tornou público um ensaio deste tipo.
A porta-voz do Pentágono considerou positivo que Pequim tenha informado antecipadamente as autoridades norte-americanas.
"É uma coisa boa e está a avançar na direção certa. Reduz o risco de qualquer perceção errada e erro de cálculo", comentou Singh, encorajando que esta comunicação bilateral se mantenha aberta no futuro.
"O que podemos fazer aqui é continuar a pressionar por um acordo de notificação bilateral mais regular quando se trata de lançamentos espaciais e de mísseis balísticos. Isto é algo que propusemos à China e representa uma medida de bom senso para construir confiança", concluiu.
O lançamento, segundo o Ministério da Defesa chinês, tinha como objetivo testar o desempenho das suas armas e a eficácia do seu treino militar, o que considerou ter sido alcançado.
A opacidade do programa nuclear chinês suscitou críticas de países como os Estados Unidos, que estimam que o gigante asiático tenha mais de 500 ogivas nucleares operacionais e poderá duplicar este número até 2030.
Parceiros de Washington criticaram entretanto o ensaio chinês.
"O Governo australiano pediu uma explicação à China", disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, condenando qualquer ação que "aumente o risco de um erro na região".
Para a diplomacia australiana, este teste "surge no contexto do rápido fortalecimento militar da China, que está a ocorrer sem a transparência e as garantias que a região procura por parte das grandes potências".
A Nova Zelândia descreveu por seu lado o lançamento de míssil chinês como "indesejável e preocupante", enquanto o Japão lamentou que "não tenha havido qualquer aviso da China".
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