Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, as autoridades norueguesas decidiram atribuir "proteção coletiva" aos refugiados ucranianos, concedendo-lhes automaticamente asilo.
Nos últimos dois anos e meio, a Noruega, um país com 5,6 milhões de habitantes, acolheu cerca de 85.000 ucranianos, o que, segundo Oslo, é mais do que os vizinhos nórdicos.
"Não podemos aceitar uma percentagem desproporcionada de pessoas deslocadas em comparação com países comparáveis, como os países nórdicos", afirmou a ministra da Justiça norueguesa, Emilie Enger Mehl, citada pela agência francesa AFP.
A partir de agora, as autoridades de imigração tratarão individualmente os pedidos de asilo dos residentes de seis regiões da Ucrânia Ocidental consideradas seguras: Lviv, Volhynia, Transcarpathia, Ivano-Frankivsk, Ternopil e Rivne.
O Governo norueguês justificou as medidas mais rigorosas com o impacto do afluxo de refugiados na habitação, nos serviços de saúde e nas escolas de vários municípios.
Enger Mehl disse também que "uma proporção crescente" dos refugiados ucranianos eram "homens, muitos deles em idade de combater", numa altura em que a Ucrânia luta para reconstituir as fileiras do exército para repelir a ofensiva russa.
Ao longo do tempo, as autoridades norueguesas já tinham tornado mais rigorosas as condições de acolhimento, na esperança de limitar o número de chegadas e incentivar mais ucranianos a encontrar trabalho.
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