Izat al Rishaq, alto funcionário do braço político do grupo islamita Hamas, responsável pela morte de cerca de 1.200 pessoas e pelo rapto de mais de duas centenas nos ataques a Israel de 07 de outubo, argumentou que a retirada dos representantes nacionais durante o discurso de Netanyahu servirá para "expressar a rejeição e a condenação da guerra de extermínio" no enclave palestiniano, referindo-se à retaliação pelos ataques.
"Se Hitler falasse perante a Assembleia Geral da ONU, seria razoável que os líderes mundiais o ouvissem? (...) Netanyahu, o pequeno Hitler, é diretamente responsável pelo genocídio em Gaza, que dura há quase um ano", argumentou Rishaq, comparando o primeiro-ministro israelita ao líder da Alemanha nazi, que exterminou milhões de judeus durante a II Guerra Mundial.
O responsável do Hamas acusou Netanyahu de matar "mais de 41 mil civis, incluindo 17 mil crianças e cerca de 200 bebés".
"Ele destruiu hospitais, mesquitas, igrejas e lançou 83 mil toneladas de explosivos contra Gaza e contra as tendas dos deslocados", acusou Rishaq, sublinhando que as autoridades israelitas "ignoram e desconsideram" as resoluções das Nações Unidas e as ordens do Tribunal Penal Internacional (TPI).
"A paz exige a sua prisão e responsabilização. O mínimo é boicotar o seu discurso e deixá-lo falar apenas com aqueles que perderam o sentido de humanidade e estão no lado negro da História", disse Rishaq.
A ofensiva israelita em Gaza, que já matou mais de 41.500 palestiniano, foi lançada após os ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, que fizeram cerca de 1.200 mortos e quase 250 raptados, segundo as autoridades israelitas.
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