Um anterior balanço, divulgado no domingo, dava conta de 170 vítimas mortais e várias dezenas de pessoas desaparecidas.
Num comunicado, a polícia do Nepal referiu que 31 pessoas ainda estavam desaparecidas e 96 pessoas ficaram feridas em todo o país dos Himalaias, onde os esforço de busca e salvamento foram intensificados.
Muitas das mortes ocorreram em Katmandu, que sofreu fortes chuvas, inundando grande parte do sul da capital.
Pelo menos três autocarros com destino a Katmandu, que tinham ficado presos em engarrafamentos numa autoestrada a sul da cidade, foram soterrados por um deslizamento de terras que matou pelo menos 35 pessoas.
As três autoestradas que ligam a capital ao resto do país foram bloqueadas por deslizamentos de terras.
"A nossa prioridade é a busca e o salvamento, incluindo as pessoas que estão presas nas estradas", disse à agência de notícias France-Presse o porta-voz do Ministério do Interior, Rishi Ram Tiwari.
O exército nepalês indicou já ter realizado mais de quatro operações de retirada de pessoas, nomeadamente com recurso a helicópteros, lanchas e botes salva-vidas.
Bulldozers e outras máquinas de escavação foram utilizadas para limpar as estradas.
A paralisação da rede rodoviária provocou a escassez de produtos hortícolas na capital, cujos preços aumentaram significativamente.
"Normalmente recebemos 600 a 700 toneladas de legumes todos os dias, ontem [domingo] só recebemos 156 toneladas", disse Binay Shrestha, um grossista num dos principais mercados de Katmandu.
"A produção está disponível, mas está bloqueada pelo estado das estradas", acrescentou.
Grandes zonas do leste e do centro do país foram atingidas por cheias desde sexta-feira, tal como distritos inteiros de Katmandu.
De acordo com o Departamento de Hidrologia e Meteorologia, uma estação no aeroporto de Katmandu registou 240 milímetros de chuva, o nível mais elevado desde 2002.
O tempo melhorou a partir de domingo, depois de três dias de chuvas de monção, facilitando os trabalhos de resgate e limpeza.
Os voos domésticos foram retomados na manhã de domingo de e para Katmandu, depois de terem sido totalmente suspensos a partir da noite de sexta-feira. Mais de 150 voos foram cancelados.
O Governo nepalês anunciou o fecho de escolas e universidades no país durante três dias.
A época das monções começou em junho e geralmente prolonga-se até meio de setembro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, transmitiu no domingo ao homólogo do Nepal uma mensagem de condolências e "profunda solidariedade" pelas "trágicas consequências" provocadas pelas cheias, refere uma breve nota publicada no portal da Presidência.
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