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Irão condena ataques israelitas contra cidade iemenita de Hodeida

O Governo do Irão condenou hoje os "ataques selvagens" israelitas de domingo contra a cidade iemenita de Hodeida, sob controlo dos rebeldes Huthis, acusando as Forças de Defesa de Israel de destruírem "infraestruturas civis" no porto.

Irão condena ataques israelitas contra cidade iemenita de Hodeida
Notícias ao Minuto

10:37 - 30/09/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, afirmou que estes ataques "mostram a natureza desumana do regime sionista", acrescentando que "foram realizados com o apoio incondicional do regime norte-americano".

 

Os bombardeamentos fizeram pelo menos quatro mortos e cerca de 50 feridos, segundo os Huthis, enquanto o exército israelita descreveu uma "operação aérea em grande escala" contra "objetivos militares do regime terrorista Huthi" nas regiões de Ras Issa e Hodeida.

"Washington é parceiro nas atrocidades cometidas pelo gangue criminoso que governa Telavive", afirmou Kanani, antes de elogiar o "honroso apoio do povo iemenita à nação palestiniana oprimida".

Kanani afirmou que os bombardeamentos contra o Iémen "são uma violação flagrante e reiterada da Carta das Nações Unidas" e condenou as "as ações belicistas e incendiárias" de Israel.

O grupo islamita palestiniano Hamas juntou-se às condenações, qualificando os ataques de "terroristas" e afirmando que, juntamente com os ataques contra a Faixa de Gaza, o Líbano e a Síria, representam "uma perigosa escalada e extensão da agressão e da criminalidade da agressão (...), com o total apoio dos Estados Unidos".

"Condenamos nos termos mais fortes a brutal agressão sionista e expressamos a nossa total solidariedade com o irmão povo iemenita e os irmãos do movimento Ansaralah -- o nome oficial dos rebeldes Huthis -- face à agressão sionista-norte-americana", disse o Hamas.

Neste sentido, aplaudiram o apoio dos Huthis à "defesa do povo palestiniano contra a injustiça", acrescentando que "o inimigo criminoso não irá minar o moral do povo palestiniano ou dos povos da região nem quebrar a determinação da resistência na Palestina, no Líbano, no Iémen, no Iraque e na região".

Por outro lado, Kanani afirmou que vai "cortar as mãos e os pés" a quem atacar o Irão e os países aliados, numa aparente referência a Israel após os assassínios do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano.

Kanani fez estes comentários em resposta aos jornalistas sobre as possíveis reações de Teerão às mortes de Nasrallah e do brigadeiro-general da Guarda Revolucionária iraniana, Abbas Nilforushan, na sexta-feira.

Leia Também: Estado-Maior do Exército israelita ameça Huthis que pode ir mais longe

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