Em comunicado, Ramaphosa garantiu às famílias dos mortos que "os serviços de polícia sul-africanos mobilizaram o máximo de recursos para garantir que os autores sejam responsabilizados" por "este ataque criminoso excessivo que não ficará impune".
"Os membros da comunidade devem sentir-se à vontade para fornecer aos investigadores informações que possam ajudar a polícia a deter os agressores e a construir um caso forte para ser julgado pelos nossos tribunais. Não permitiremos que os criminosos prevaleçam", sublinhou o Chefe de Estado.
"Lamento profundamente por todas as famílias e membros da comunidade em geral afetados por este ataque e, em nome de todos nós, sul-africanos, apresento as nossas mais profundas condolências", acrescentou.
Segundo a polícia, pelo menos 18 pessoas da mesma família (16 mulheres e dois homens) foram mortas em dois tiroteios em massa em duas casas da mesma rua na madrugada de sábado, tendo sido lançada uma caça ao homem para deter os autores.
No sábado foi noticiado que as vítimas eram 15 mulheres e dois homens e que uma outra pessoa estava em estado crítico no hospital. Soube-se hoje que essa mulher faleceu elevando o número de vítimas para 18.
O Comissário-Geral da Polícia, Fannie Masemola, disse na televisão que o motivo dos ataques era desconhecido, assim como o número de agressores envolvidos.
A criminalidade é um problema grave na África do Sul, onde quase 6.200 pessoas foram mortas entre abril e junho, com aumentos em quatro das nove províncias do país, apesar de uma ligeira diminuição global de 0,5% em comparação com o mesmo período de 2023.
No seu último relatório sobre a criminalidade, divulgado no sábado, a polícia sul-africana anunciou a detenção de 53.525 pessoas suspeitas de terem cometido um crime nas últimas quatro semanas no país, incluindo 10.844 por crimes violentos como homicídio, violação, rapto e extorsão.
Além disso, foram apreendidas mais de 430 armas ilegais e sem licença, principalmente no Cabo Oriental.
A África do Sul tem uma das taxas de homicídio mais elevadas do mundo. Registou 12.734 homicídios nos primeiros seis meses deste ano, segundo a polícia.
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