As autoridades militares israelitas lembraram que o sistema de defesa aérea do movimento xiita libanês Hezbollah está equipado com baterias de mísseis "escondidas nas infraestruturas civis", acrescentando que estes mísseis terra-ar representam "uma ameaça ao espaço aéreo internacional" e podem atingir qualquer avião no Líbano.
"Como parte da onda de ataques generalizados no Líbano, num ataque preciso da Força Aérea, aviões de combate atacaram uma infraestrutura de lançamento de mísseis terra-ar que estava localizada perto do Aeroporto Internacional de Beirute", informou o Exército israelita.
Na campanha militar que Israel está a levar a cabo contra o Hezbollah no Líbano, a Força Aérea israelita assegurou que também destruiu dezenas de quartéis-generais, armazéns e lançadores de mísseis ar-terra, em vários campos de tiro do Hezbollah.
O Exército israelita reconheceu que estes ataques permitem à sua Força Aérea realizar "centenas de missões" com aviões de combate em todo o território libanês para "eliminar as várias ameaças" representadas pela milícia islamita, que até sexta-feira era liderada por Hasan Nasrallah, assassinado num ataque israelita a Beirute.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
O Hezbollah confirmou no sábado a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute.
Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.
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